Os gatos têm hábitos noturnos, ou seja, dormem muito durante o dia, já que a noite estariam melhor adaptados para caçar (se estivessem em vida livre). “Eles dormem, em média, de 12 a 16 horas por dia. Mas, em geral, não dormem um sono profundo e despertam a qualquer sinal de perigo”, explica a médica veterinária Mitika Kuribayshi Hagiwara , conselheira do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP)
Segundo Mitika, além de compreender essa característica do bichano, os tutores devem ter cuidado ao tocar ou acariciar o pet, quando ele estiver dormindo. “Isso porque o animal pode interpretar como uma agressão e reagir rapidamente, mordendo ou arranhando e causando ferimentos bastante dolorosos nas mãos e nos braços.”
Embora os gatos sejam frequentemente comparados com os cães, há diferenças marcantes entre esses animais, principalmente comportamentais, conforme alerta o médico-veterinário Thomas Marzano, presidente da Comissão de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP. Esse é um ponto que precisa ser levado em consideração pelas famílias que optam por ter gatos e que ajuda na compreensão das necessidades e preferências dos bichanos.
“Pelo fato do gato ter sido domesticado há muito menos tempo que o cão, eles apresentam comportamento mais semelhante a animais silvestres e selvagens”, argumenta Marzano, que considera que essa característica pode esconder sintomas em casos de problemas de saúde. “E também é um fator determinante para os gatos serem mais susceptíveis ao estresse e as consequentes oscilações no quadro de saúde do animal.”