Brasília (2.2.2009) –
No último dia de trabalho da missão europeia que avaliou
o sistema de defesa agropecuária do Brasil, a equipe de inspetores
encontrou-se com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Reinhold Stephanes, nesta segunda-feira (2). “A
União Europeia, ao adquirir a confiança no serviço
brasileiro, permite ao Ministério da Agricultura pleitear a flexibilização dos procedimentos de importação de carne do
Brasil, levando em consideração a melhoria do status sanitário e os controles
implantados pela Secretaria de Defesa Agropecuária relacionados à certificação
das carnes exportadas para o bloco”, destacou o ministro.
Hoje cedo, durante reunião final com representantes da Secretaria de Defesa
Agropecuária, os inspetores do Escritório de Alimentação e Veterinária da
União Europeia (FVO, sigla em inglês) já haviam
confirmado a qualidade do trabalho realizado pelo setor, ao implementar as exigências de rastreabilidade
e certificação do rebanho e da carne nacionais.
A missão deixou claro, ao término do encontro, que melhoras significativas
foram verificadas desde a última inspeção do FVO, em março de 2008. Quanto à
inspeção nos frigoríficos, consideraram a situação amplamente satisfatória,
assim como para a certificação da carne bovina in natura a ser importada pela
UE. Além disso, a equipe afirmou que melhoras significativas foram adotadas
em relação à supervisão e auditoria nas propriedades aprovadas para aquele
mercado. Essas foram as primeiras impressões da
missão que deve, em um mês, enviar relatório da inspeção.
A vinda da missão europeia teve o propósito de
verificar o cumprimento das garantias dadas pelo Brasil na
certificação da carne bovina in natura exportada ao bloco. Em 12 dias
de auditoria, dez inspetores visitaram estados habilitados e não habilitados
a exportar carne bovina in natura para aquele mercado. O trabalho iniciou no
órgão central e foi desenvolvido
Estabelecimentos Rurais Aprovados no Sisbov
(Eras), frigoríficos, portos, escritórios locais de atenção veterinária e
laboratório.
Trabalho intenso – O trabalho realizado em parceria com serviços estaduais de
Defesa Agropecuária foi intensificado em 2008. Técnicos brasileiros receberam
treinamento de representantes da Diretoria-Geral para Saúde e Consumidores da
União Europeia (DG-Sanco),
e as auditorias do Ministério, em conjunto com os estados, foram
intensificadas no sistema de certificação das propriedades rurais.
Comércio – Atualmente, 814 propriedades estão habilitadas a fornecer bovinos
aos estabelecimentos exportadores de carne bovina in natura para a UE. Nove
estados compõem a área habilitada: Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São
Paulo. (Da Redação)