Gata e
cadela dividem maternidade de quatro gatinhos na Zona Leste de SP
Brigith, a mãe oficial, deu cria no
último sábado (31).
Neném, uma cocker spainel, assume o ninho quando a gata está fora.
Os animais de estimação da
fotógrafa Vanessa Carvalho se dão tão bem que a cocker spainel Neném, de
7 anos, e a persa Brigith, de 5 anos, passaram a
dividir pacificamente a maternidade dos quatro gatinhos que nasceram no
último sábado (31) na casa da família, que fica na Zona Leste de São Paulo.
A mãe “oficial” de três machos e uma fêmea é Brigith,
mas é só ela sair da caixa onde estão os filhotes para Neném entrar e assumir
o posto. A cadela costuma ficar ao lado, à espera de uma oportunidade para
cuidar dos filhos adotivos. Tudo na mais perfeita harmonia.
“No dia do parto, a cachorra queria ficar por perto,
mas eu não deixei por medo de a gata rejeitar os filhotes”, conta Vanessa,
que ainda tem mais três cachorros e um gato em casa. “Mas eles não dão muita
bola para os gatinhos não”.
Brigith não se importa com a invasão de seu ninho.
Já Neném rosna quando fazem barulho perto da caixinha ou quando ela acredita
que os gatinhos correm perigo. “Se a gente bater uma porta, por exemplo, ela
começa a latir”, conta Vanessa.
Gravidez psicológica
Essa não é a primeira vez que Neném assume a maternidade de um felino.
Vanessa conta que, quando Brigith entrou na família
e era ainda uma filhotinha, a cocker spainel passou a
cuidar da gatinha, esquentá-la e até dar de mamar. “Ela teve gravidez
psicológica e teve até leite”, conta a dona.
A cadela não é castrada e nunca teve uma gestação. Por enquanto, os donos de
Neném não sabem se ela já tem leite ou não por conta dos novos membros da
família. Brigith ficou prenha após passar a noite
fora em uma época de cio.
Instinto materno
A médica veterinária Tatiana Ferraz, coordenadora do Departamento de Assuntos
Profissionais do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São
Paulo (CRMV-SP), diz que é natural animais cuidarem
de filhotes de espécies diferentes e até começarem a produzir leite para
alimentar os bichinhos que não são seus. “É algo do instinto animal. O lado
materno é mais forte e ele acha que o filhotinho é dele e que precisa ser
alimentado”, explica a veterinária.
Segundo Tatiana, ter duas figuras maternas não gera problema para os filhotes
da gata. Tomar leite de espécies diferentes, como já ocorreu quando Neném deu
de mamar a Brigith, segundo a dona dos animais,
também não representa problema, de acordo com a veterinária.
Fonte:
Portal G1, acesso em 06/02/2009