Bairro na zona sul de SP tem maior
concentração de cães da cidade
William
Vieira
da Revista da Folha
No espaço entre o quintal com
gramado e a varanda do sobrado na calma rua
Cristóvão Pereira, quem manda é Napoleão de Riverplate.
E ele vive à espera não só dos passeios sagrados, que acontecem de manhã e à
tarde, mas do novo amigo: um boxer lhe fará
companhia
Mas Napo
O labrador é o cão típico do mais canino bairro de
São Paulo. Com suas casas com quintal e ruas arborizadas, dezenas de pet
shops, clínicas veterinárias e moradores que (logo se vê) amam bichos, o
Campo Belo, na zona sul, tem a maior proporção canina/habitante: 1,42 paulistano por cão, ou cerca de dois cachorros para
cada três pessoas. É o que mostra um estudo do Departamento de Medicina
Veterinária Preventiva e Saúde Animal da USP.
Em parceria com 120 agentes do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) da
prefeitura, a pesquisa foi feita de
em 96 distritos, com amostragem semelhante à do IBGE. Os dados serão usados
pelo CCZ para identificar novos focos para campanhas de vacinação em toda a
cidade.
Os resultados ainda não incluem números fechados de distritos como Pinheiros
e Santa Cecília (onde fica Higienópolis, notório reduto canino). “Mas
dados preliminares mostram que Santa Cecília, por exemplo, que é um distrito
misto e muito comercial, não estará no topo. Se a mostra fosse só da avenida Higienópolis, talvez”, brinca Ricardo Augusto
Dias, coordenador da pesquisa e professor de epidemiologia da USP. “O
Campo Belo é predominantemente residencial e homogêneo”, explica ele.
“é, sem dúvida, o mais canino.”
Mas como explicar por que o Campo Belo é o reduto deles? “A resposta
pode estar em como as pessoas enxergam seus bichos”, diz Ricardo, da
USP. No bairro, 97,1% dos donos têm animal porque gostam (88,3% deles, para
companhia). “O Campo Belo é ideal para viver, sob a ótica do cão.”
Ou seja, lá tem muitas casas, ruas arborizadas e pet shops.
No Campo Belo vivem cerca de 7.000 paulistanos por
km2, segundo dados do Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados).
Perdizes, por exemplo, tem 16 mil habitantes por km2.
O trânsito, fora horários de pico, é tranquilo. E,
apesar dos novos edifícios, segundo pesquisa do Datafolha no ano passado para
o especial “DNA Paulistano”, 63% dos habitantes moram
mantém um certo clima de vila. O resultado: 85,3%
dos cães vivem em casas com quintal.
Mais
populares
Tanto cachorro se reflete no comércio especializado. A Folha percorreu o
bairro e contou 17 pet shops (muitos são clínicas ao
mesmo tempo).
Seus donos afirmam: cerca de 50 animais passam diariamente por cada um deles.
E as raças mais populares, dizem eles, são labrador
e golden retriever (das
grandes) e shitsu, poodle, lhasa,
schnauzer e maltês (entre as pequenas).
Para eles, há até serviços de creche com direito a “dog-walker“,
que cobram mensalidades de R$ 400/mês e passeiam até duas vezes por dia.
Fonte:
Revista da Folha, edição de 29/03/2009
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