Os preços recebidos
pelos produtores rurais paulistas caíram 0,91% na primeira quadrissemana de
abril. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto de Economia Agrícola
(IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. O índice
dos produtos de origem vegetal (IqPR-V) ficou praticamente estável (-0,09%),
mas de origem animal (IqPR-A) registrou variação negativa de 2,95%.
Segundo os técnicos do IEA, o indicador de produtos vegetal, que nas últimas
quadrissemanas estava com variação positiva e leve tendência de crescimento,
recuou 1 ponto porcentual, fechando no vermelho. O indicador de produtos de
origem animal caiu mais 0,5 ponto porcentual, pressionado pelas cotações das
carnes bovinas e de frango.
Quedas – Os produtos que apresentaram as
maiores quedas de preços na primeira quadrissemana de abril foram laranja
para indústria (26,67%), feijão (15,65%), amendoim (12,37%), carne de frango
(6,54%), milho (6,14%) e banana (4,90%). Segundo os técnicos do IEA, os
preços da laranja para a indústria estão em queda, mesmo com previsão de
safra neste ano, em função da expectativa de demanda internacional retraída
pela crise e existência de estoques altos nos EUA.
Os técnicos afirmam que no caso do feijão, o patamar de oferta tem
pressionado para o recuo das cotações, "além de que já se observa uma
redução de consumo face ao aumento do desemprego urbano".
Altas – Os produtos que registraram as
maiores altas foram tomate (85,52%), laranja para mesa (5,69%), ovos (5,36%)
e trigo (3,98%). Os técnicos dizem que o comportamento dos preços do tomate
está de acordo com o padrão de variação estacional observado nos últimos
anos. "O fim da safra de verão provoca picos de preços nos meses de
março e abril e os baixos preços de fevereiro servem de base para a variação
acentuada."
A alta de preços da laranja de mesa se deve ao maior consumo de suco,
associado à escassez relativa de produto nesta época do ano.
"Ressalte-se que os preços atuais da fruta estão ainda expressivamente
menores que os verificados em igual período de 2008, o que revela uma fase de
recuperação", dizem os técnicos.
Fonte: Portal Agrolink, acesso em 16/04/2009