A Organização Mundial para a
Saúde Animal (OIE) pediu nesta segunda que a gripe suína se denomine
"gripe da América do Norte", porque, por enquanto, o vírus não foi
isolado nos animais.
"O vírus não foi isolado em animais até o
momento. Portanto, não se justifica o nome desta doença como gripe
suína", alega.
"No passado, muitas epidemias de gripe humana com origem animal foram
nomeadas por sua origem geográfica, por exemplo, a gripe espanhola ou a gripe
asiática. Por isso, seria lógico que esta doença se chamasse ‘gripe da
América do Norte’", afirmou a OIE,
A organização reconheceu que, com a informação da qual
dispõe, pode existir um vínculo entre os casos humanos e animais, incluindo
os porcos, mas isso ainda não ficou provado.
A OIE afirmou que é "urgente" investigar a origem da gripe e, se
for procedente, "aplicar medidas de biossegurança"
necessárias, incluindo a vacinação para proteger os animais sensíveis.
Se for comprovada a origem animal, a circulação de animais poderia piorar a
situação na região americana e no resto do mundo, afirmou.
A organização disse que, por enquanto, só se justificam medidas comerciais
sobre a importação de porcos procedentes dos países que registraram infecções
humanas.
A OIE se comprometeu a continuar o "trabalho de alerta" e a
publicar qualquer informação que tiver sobre o caso.
A organização aproveitou para pedir o reforço da rede veterinária de
laboratórios de vigilância sobre a gripe, que impulsiona junto com a
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
Neste sentido, pediu aos membros que divulguem "qualquer sequência genética do vírus da gripe que obtiverem".
O caso da gripe surgido no México evidencia a necessidade de ter no mundo todo uma rede veterinária que permita "a detecção
precoce dos agentes patógenos emergentes com
potencial impacto na saúde pública", afirmou a organização.
Fonte:
Portal Terra, acesso em 28/04/2009