Pela primeira vez, o
governo argentino admite o recuo da produção e reconhece que país corre o
risco de ter que importar carne bovina a partir de 2010. Especialistas da
Secretaria de Agricultura estimam que a produção de carne deve
cair para 2,67 milhões de toneladas em 2010, ante 3,11 milhões de toneladas
projetadas para este ano, enquanto o nível de consumo continua o mais alto do
mundo. O sinal de alerta já havia sido dado pelas entidades agrícolas e
analistas do setor.
A Direção de Mercados de Alimentos Agrícolas, órgão da Secretaria de
Agricultura, fez as projeções, que foram publicadas pelo jornal local Clarín. Com a queda estimada na produção para este ano,
os argentinos terão que comprar cerca de mil toneladas de carne bovina de
outros países. O consumo per capita anual da Argentina é o maior do planeta,
com 68 quilos; seguido pelos Estados Unidos, com 44 quilos; e pelo Brasil,
com 38 quilos. O documento divulgado pelo Clarín
diz que "o atual estoque de gado é de 55,3 milhões de cabeças e poderia
retroceder até 47,9 milhões em 2010, o que significaria uma retração de 438
toneladas (14%) na oferta de carne".
Os técnicos do governo não explicaram os motivos da retração, mas entidades
rurais e analistas afirmam que a queda se deve à forte estiagem e à política
oficial de controle dos preços e das exportações. O documento "não descarta
uma possível importação de carne para abastecer o mercado local",
justamente, no país que estava entre os sete maiores exportadores de carne
bovina do mundo até o ano passado. Em
por U$S 1,5 bilhão.
Fonte: Portal Agrolink,
acesso em 13/05/2009