O Instituto Butantã vai
produzir a vacina da gripe suína, com ou sem a autorização do governo
federal. A ideia inicial é produzir 100 mil doses,
mas o total pode chegar a 1 milhão se o vírus se
espalhar no País. Ontem, a entidade foi uma das poucas farmacêuticas
convidadas pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, para uma reunião
em Genebra para montar uma estratégia de produção da vacinas contra o vírus A
(H1N1).
Mas o encontro mostrou que não há acordo sobre como entregar as vacinas aos
países pobres nem quais seriam os preços. Os únicos que prometeram ajudar a
formar estoques de vacinas na ONU foram as empresas
dos países
desenvolvimento. As
diretor do Butantã, Isaias Raw, a reunião deixou
claro que existe um "monopólio" na produção de vacinas. "Há um
lobby para impedir que haja uma queda nos preços das vacinas. Esse grupo é
pior que o dos produtores de petróleo", disse.
Durante o encontro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciou negociações
para garantir não apenas um preço adequado para as vacinas, mas uma garantia
de que os países pobres terão acesso aos produtos. A decisão sobre o início
da produção não foi tomada e alguns alertam que o dilema é se essa fabricação
geraria interrupções no abastecimento de vacinas para a gripe sazonal.
Fonte: O Estado de S. Paulo, acesso em
20/05/2009