Os riscos a que estão sujeitos os profissionais da saúde animal

Matéria da edição de
maio corrente da DVM News Magazine, publicação
norte-americana dedicada aos profissionais da medicina veterinária, observa
que os médicos veterinários (MVs) estão mais
sujeitos às infecções zoonóticas do que os
trabalhadores rurais ou qualquer outro grupo ocupacional que trabalhe diretamente
com animais.
A afirmação baseia-se em pesquisa feita na Universidade de Iowa. Nela, Whitney Baker e Gregory Gray efetuaram uma
revisão da literatura médica dos últimos 40 anos, na qual identificaram 66
trabalhos correlacionando infecções zoonóticas e
veterinários e ressaltando que, geralmente, esses profissionais apresentam
sinais clínicos de infecção zoonótica pelo vírus da
Influenza.
Especificamente, a revisão mostra que a comunidade veterinária enfrenta
altíssimo risco em relação a patógenos
como a Influenza Aviária e Suína, hepatite suína E, brucelose, febre Q
(infecção causada por Coxiella burnetii),
psitacose aviária e felina, estafilococose
por S. aureus resistente à meticilina
(MRSA) e outros.
Embora até agora não haja qualquer evidência de que os MVs
tenham tido alguma participação na disseminação do atual surto de Influeza A do tipo H1N1, a pesquisa sugere que eles,
eventualmente, podem atuar como uma ponte na disseminação de vários patógenos. Para suas próprias famílias, comunidades ou, mesmo,
animais sob seus cuidados.
Como eles próprios admitem, significativa parcela de MVs
é negligente na adoção dos procedimentos higiênicos recomendados e até no uso
de vestes e equipamentos de proteção, seja porque causam desconforto, por
falta de tempo ou de condições para a adoção de determinados procedimentos
(especialmente os desenvolvidos em campo) e, ainda, por acreditarem que é
baixo o risco a que estão expostos.
Na opinião de Baker e Gray, toda a política atualmente estabelecida para
prevenir a ocorrência de uma Influenza de caráter pandêmico deveria ser
revista de forma a dedicar especial atenção aos médicos veterinários. Eles
entendem, por exemplo, que aqueles que trabalham com aves e suínos deveriam
estar no grupo prioritário dos que recebem anualmente a vacina contra a
gripe. E com prioridade máxima.
O trabalho de Baker e Gregory foi publicado na edição de 15 de maio corrente
do journal da Associação Americana de Médicos
Veterinários (AVMD, na sigla em inglês).

Fonte: Agrolink,
acesso em 21/05/2009

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