Animais de estimação também podem pegar doenças de inverno

A época fria do ano chegou, alterando a rotina dos
bichos de estimação e de seus donos. Como os seres humanos, os animais
sofrem com as baixas temperaturas e com uma doença típica da estação:
gripe.
No mundo canino, ela é chamada de traqueobronquite infecciosa canina (ou
tosse dos canis). É a doença de maior incidência nesta época do ano. Para
gatos, o nome do perigo é rinotraqueíte. A transmissão se dá por via
respiratória, sempre entre seres da mesma espécie. O tratamento é simples,
estruturado em analgésicos e anti- inflamatórios.
Atenção aos sintomas. Se o pet apresentar tosse seca, como se fosse
engasgar, nariz escorrendo, infecção ocular, falta de apetite e está quieto
demais, provavelmente ele está gripado.
Gripe hoje não causa maiores preocupações. "Existem vacinas que
protegem os bichos por um ano", diz a veterinária Fernanda Dutra
Nicacio, 24. A
primeira imunização exige uma segunda aplicação, que é feita 21 dias depois
da primeira dose.
Há dois anos, a gerente administrativa Ana Paula Quiñones, 26, viu suas
duas cadelas ficarem gripadas ao mesmo tempo. Luna, uma golden retriever,
caiu doente dias depois que a pinscher Pepe apresentou os sintomas.
"Percebi que algo estava errado quando ficaram quietas por dois dias e
tossiam com frequência. O veterinário me explicou que elas deviam ter
contraído o vírus de cães que vivem soltos nos arredores", conta.
Vacinada, a dupla não teve mais gripe.
Campanhas de prevenção tentam atingir um público que ainda carece de
informação, como o bancário Márcio Campanelli Moreira, 34. Suas duas
cadelas bichon frisé, Daphne e Emily, não estão protegidas contra a gripe.
"Eu nem sabia dessa vacina."
Já levar os pets para passear no inverno pode ser um drama. Ventos frios,
chuva e poças d’água são fatores que fazem qualquer um repensar um passeio.
"O uso de roupinhas é recomendado", diz a veterinária. "O
ideal é passear em lugares onde o contato com outros animais é zero e nos
horários mais quentes do dia."
Os pelos são a proteção natural dos animais e contribuem para que os bichos
sintam menos os efeitos do frio. A bancária Mari Lídia Mattos, 43, teve de
levar a lhasa apso Nina para tosar depois que seus pelos ficaram
embaraçados. "Dias depois o frio chegou para valer e agora ela está
sofrendo bastante, pois não gosta de usar roupinhas", relata.
Para os animais, a tosa é uma questão de saúde. Mesmo com as temperaturas
baixas, deve ser feita como em qualquer outra estação do ano. "Há quem
pense que colocar uma roupa resolve o problema depois de um corte rente ao
corpo", afirma o veterinário Marcelo Luiz, 39. "Deixar a veste
por semanas resulta em embaraços, focos de bactérias."
Tal conduta pode gerar infecções. As roupinhas são aconselháveis, mas,
antes de dormir, as peças devem ser retiradas e o pelo do animal, escovado,
para evitar que fique embaraçado.
Marcelo constata em seu pet shop, no Morumbi, que no inverno aumenta a
opção pela tosa higiênica. "É a mais indicada. Além de acertar os
pelos, ela garante a higienização de patas (unhas), ouvidos e
genitais." Outra opção é o corte com tesoura para quem aposta no
visual típico das raças.

Verdades
e mitos

Banho,
sim ou não?

"A frequência de banhos até aumenta no inverno", diz a
veterinária Cristiane de Brito, 26. O segredo é não deixar os pets molhados
para evitar fungos. Cuidado na hora de secar. Os secadores para cabelos
podem queimar a pele dos bichos. Nos pet shops, há equipamentos com jatos de
ar quente e com pressão para retirar toda a água. Há a opção do banho seco,
com sprays e lenços umedecidos.

Gripe
suína x pets

Segundo o veterinário Marcelo Luiz, o vírus que deixa o planeta em alerta
não representa ameaça aos pets: "Cães e gatos só são infectados por
agentes contraídos de seres da mesma espécie".

Fonte:
Folha Online, acesso em 23/06/2009

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