O presidente da
Associação Paranaense de Suinocultores (APS), Irineu Wessler, acredita em
melhora na demanda por carne suína no mercado interno nos meses de frio.
A perspectiva leva em conta a ação efetiva por conta do setor produtivo na
mídia ao trazer esclarecimentos à população de que a gripe A (H1N1) não tem
vinculação alguma com o suíno. "No início pensávamos que o setor seria
atingido em cheio por conta da doença e que a demanda cairia de forma
generalizada. Mas verificamos que ela se manteve no mercado interno e até
mesmo no externo, com uma queda momentânea na venda", destaca.
Wessler entende ainda que a gripe A serviu como uma oportunidade para o setor
reforçar junto à população a qualidade de produção e abate da carne suína
brasileira, o que ajudou a manter a demanda. "Além disso, devido aos
efeitos da crise internacional, hoje não existem estoques de carne suína
estocados nas indústrias e muito menos suínos represados nas granjas, devido
à falta de capital de giro. Diante desse quadro, o preço, que estava na casa
de R$ 1,65 no Paraná, começou a reagir e hoje está próximo de R$ 2,20, frente
a um custo de produção que oscila de R$
analisa.
O dirigente destaca que, apesar desse valor ainda ficar abaixo do custo, a
melhor demanda indica que o preço pode vir a oscilar entre R$ 2,50 e R$ 2,70,
trazendo remuneração ao produtor, especialmente porque a exportação ao longo
do ano foi crescente, na comparação com o mesmo período de 2008, com
possibilidade de ampliação ao mercado russo", afirma.
Para reforçar a melhora na demanda interna de carne suína, a Associação
Paranaense de Suinocultores (APS), em parceria com a Associação Brasileira
dos Produtores de Suínos (ABCS), promovem de
Iguaçu (PR), o XIII Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura.
"O evento contemplará um fórum técnico que discutirá a logística da
suinocultura em termos econômicos e de mercado, buscando o incremento no
consumo per capita", sinaliza Wessler.
Fonte: Safras & Mercado, acesso em
30/06/2009