Adolescentes compram aranhas de estimação pela internet

Oito patas peludas e
dois ferrões afiados na boca. Essa descrição sozinha já pode ser o suficiente
para, no mínimo, arrepiar.
Mas há jovens que, em vez de entrarem em pânico diante de uma aranha
caranguejeira, têm tanto interesse por esse animal que chegam a criá-lo em
casa como bichinho de estimação.
As caranguejeiras costumam ser as preferidas dos criadores porque são
maiores, mais longevas e não letais.
O problema é que criar aranhas sem fins científicos é um crime ambiental,
assim como manter em casa qualquer outro animal silvestre cuja criação não
esteja regulamentada. A lei estipula, inclusive, multa de R$ 500 por animal apreendido.

Longe de desconhecerem a ilegalidade de seu hobby, esses jovens encontram na
internet uma maneira de exercê-lo sem grandes complicações.
Em comunidades do Orkut, como "Criadores de Aranhas" (2.615
usuários) e "Amantes das Aranhas" (3.436), eles trocam dicas de
como criar os aracnídeos e comercializam animais. Vendedores, escondidos sob
perfis falsos no site, anunciam a torto e a direito espécie, idade, tamanho e
preço para quem estiver interessado.
Foi o caso de Ben, 16, que comprou uma Brachypelma albopilosum (espécie
nativa da América Central) e duas Ephebopus murinus (típica do Norte do
Brasil). Pagou cerca de R$ 60 por cada uma e as recebeu em menos de dois dias
em uma caixinha, por Sedex. "Elas estavam muito sadias", conta.

Ilegalidade
Procurados pelo Folhateen, muitos jovens se disseram revoltados com a
criminalização de seu hobby. Mas não estão preocupados com os possíveis
desdobramentos da infração.
"É extremamente ofensivo pensar que podemos ser taxados de bandidos por
criar animais que a maioria das pessoas mata", revolta-se Peter*, 18,
que tem em casa uma Avicularia versicolor -espécie azul por que pagou cerca
de R$ 300.
A razão para a pouca cautela com a lei é que esses adolescentes sabem que é
pouco provável que venham a ser punidos.
Álvaro Palharini, chefe da Divisão de Repressão a Crimes Contra o Meio
Ambiente da Polícia Federal, não faz pouco caso da infração, mas pondera:
"Não há sentido em movimentar recursos para investigar os criadores,
nossa preocupação é com a captura e a venda".
Essa é também a posição do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis), segundo Antonio Ganme, chefe da fiscalização
do órgão em São Paulo.
"Queremos
pegar os "peixes grandes’",
explica, referindo-se a quem tenta revender os animais para o exterior.
Uma aranha que, no momento de sua captura, rende cerca de R$ 1, pode ser
vendida para fora do país por mais de R$ 500, estima Ganme.

Beleza única
Entre os motivos apontados pelos entrevistados para essa escolha inusitada de
animal de estimação estão a estética das aranhas e o fato de serem exóticas.
"Eles querem ser descolados, e é uma maneira de obter status", diz
Paulo Goldoni, biólogo do Instituto Butantan.
No caso de Mary Jane, 16, ser alérgica a outros animais e morar em um
apartamento ajudaram a incentivá-la a criar uma aranha. "Depois vi que
são animais fantásticos, com uma beleza única", aponta.
A criação de um bicho desses é simples. As caranguejeiras vivem em aquários
com terra no fundo e se alimentam uma vez por mês de alimentos vivos, como
grilos e baratas. Um pote com água resolve a sede.
Apesar de ser desaconselhado nas comunidades on-line, pegar os bichinhos nas
mãos é mania entre criadores. "No começo é apavorante, mas depois vira
uma sensação ótima", conta Norman, 18. "Os pelos fazem
cócegas!", completa.
Em uma dessas ocasiões, o garoto foi picado pelo animal. Diferentemente do
que aconteceu com o Homem-Aranha, porém, ele não ganhou poderes aracnídeos.
Foi ao médico, tratou da ferida, e logo os dois furos na pele desapareceram.
*Todos os nomes foram trocados por personagens dos gibis do Homem-Aranha

Fonte: Folha Online, acesso em, 06/07/2009

Comportamento dos preços
agropecuários no mercado de São Paulo

 

Atacado paulista. O
índice da RC Consultores que mede o comportamento dos preços de uma cesta de
17 produtos agropecuários no mercado de São Paulo encerrou o período entre 27
de junho e 3 de julho com variação negativa de 0,7%. Foi a segunda queda
seguida do indicador, que antes disso havia ficado firme por 13 semanas
consecutivas. A nova retração foi determinada pelas baixas de soja (0,1%),
café (3,8%), algodão (0,8%), suíno (12,7%), arroz (6,3%), feijão (3,2%),
milho (0,6%), tomate (3,3%), ovos (5,1%) e laranja (11,8%). Subiram, em
contrapartida, as cotações de boi gordo (0,7%), açúcar (0,3%), batata (7,4%),
leite B (4,1%) e leite C (2,8%). Frango abatido e trigo não variaram no
período, segundo a RC. Em junho, o índice registrou valorização mensal de 2%
em relação a maio.

Fonte: Agrolink, acesso em 06/07/2009

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