Exportar gado vivo diminui perdas no Pará

Negócio que a
pecuária brasileira descobriu apenas nesta década, a exportação de gado vivo
manteve no primeiro semestre deste ano um ritmo firme de embarques. Em
relação ao período de janeiro a junho de 2008, houve crescimento de 30,1% no
total de bovinos vendidos ao exterior. A receita alcançou US$ 183,037 milhões, aumento de 26,7%.
O Pará concentra as exportações de gado vivo do país. Contribui para isso a
proximidade com a Venezuela, o principal comprador, que adquiriu dois terços
dos bovinos exportados pelo Brasil na primeira metade do ano. O Líbano
apareceu em seguida, com 32% dos negócios. Agora em 2009 também foram
fechadas vendas para o Egito.
Levantamento da Scot Consultoria comprovou por que
os embarques do chamado "boi em pé" são cada vez mais relevantes.
No auge da crise da pecuária paraense no mês passado, quando as principais
redes varejistas do país anunciaram a interrupção de compra de carne do
Estado por questões ambientais, o preço da arroba caiu menos na região que
abastece os portos da região, relata a analista Maria Gabriela Tonini.
De 10 a 25 de junho a cotação em Paragominas recuou
2,8%, de acordo com os dados da Scot. Em Redenção e
em Marabá, municípios localizados mais ao sul do Pará, os preços cederam mais
-5,7% e 7%, respectivamente. Ontem, segundo a consultoria, os preços no
Estado oscilaram de R$ 66 a R$ 69. Em São Paulo, a arroba ficou em torno de
R$ 80. A diferença se explica pela distância das indústrias paraenses dos
principais centros consumidores de carne bovina do país.

Controvérsia
Péricles Salazar, presidente da Abrafrigo
(Associação Brasileira da Indústria Frigorífica), qualifica a exportação de
gado vivo como retrocesso, por "não agregar valor" à cadeia
produtiva. Salazar diz temer que a prática se espalhe, "num momento em
que o rebanho nacional diminui, pela preferência do produtor por outras
atividades."
O presidente do Fórum da Pecuária de Corte da CNA (Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil), Antenor Nogueira, descarta esse risco no
momento. "O rebanho se concentrou no Centro-Oeste, longe dos portos. O
custo para exportar de lá é muito alto."
Nogueira atribui a adesão dos paraenses ao embarque de bovinos vivos a um
"movimento de mercado". Segundo a consultoria AgraFNP, os importadores costumam pagar prêmio na
faixa de 20% a 30% em relação ao preço local.

Fonte: Folha de S. Paulo, 28/07/2009

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