Principal exportar
mundial de carne bovina em volume, o Brasil aparece como o quarto maior
vendedor de gado vivo a outros países, de acordo com o Departamento de
Agricultura dos EUA.
É superado pelos países que fornecem bovinos para engorda para os Estados
Unidos – Canadá e México (primeiro e terceiro do ranking) – e pela Austrália
(a segunda), que atendo o Sudeste Asiático.
Para Péricles Salazar, da Abrafrigo, para se
contrapor ao crescimento do embarque de “boi em pé”, a indústria precisa de “novos nichos”, levando ao consumidor produtos cada
vez mais elaborados, e não peças inteiras, com pouco processamento.
José Vicente Ferraz, diretor da consultoria AgraFNP,
concorda que a exportação do gado vivo pareça um “contrasenso
do ponto de vista econômico”, pelo custo mais alto do transporte. “Mas esse
mercado existe, e o Brasil atende”, afirma.
Na disputa pela matéria-prima, Salazar considera crucial a edição da medida
provisória que prevê a desoneração de 4,5% da cobrança do PIS/Cofins para os frigoríficos que
atuam no mercado interno. Prometida pelo Ministério da Fazenda, a MP ainda
não foi publicada.
Fonte: Folha de S. Paulo, 28/07/2009