Mato Grosso ganhará mais uma
unidade de abate de suínos. As obras do frigorífico Nutribras,
localizado em Sorriso, começarão na segunda quinzena de agosto e devem ser
concluídas em 18 meses. O empreendimento receberá o aporte inicial de R$ 25
milhões, montante que será aplicado na primeira fase do projeto, que prevê o
abate de 1 mil animais dia. A partir do terceiro ano de operação da planta, a
previsão é que sejam abatidos 3 mil suínos diariamente, volume que demandará
outro montante em investimentos.
O empreendimento é resultado da parceria entre o Grupo Lucion
(mato-grossense) e o Frigorífico Pietro (paulista). O Grupo Lucion atua no Estado há dez anos e mantém granjas de
suínos em Sorriso e Vera, onde são produzidos 150 mil animais por ano. Já o
frigorífico tem sede em Cajamar (SP) e atua na
industrialização de produtos derivados de suínos como salsichas, linguiças, presuntaria e cortes
temperados. Também processa carnes de aves e bovinos.
O presidente do Grupo Lucion, Paulo Cezar Lucion, afirma que para agregar valor à produção de
suínos que já mantém no Estado teve a ideia de
fazer parceria com uma indústria de processamento. "Criamos o
frigorífico para abater os animais que já são produzidos aqui com uma empresa
que tem experiência em processamento das carnes", diz ao contar que o
setor está passando atualmente por um período de crise, mas que a tendência é
que o mercado estabilize.
Na primeira etapa de operação serão comercializadas carcaças e cortes, com
uma produção estimada em duas mil toneladas/mês, destinadas ao mercado
nacional, nos Estados das regiões Norte e Nordeste, e também o internacional.
"A planta está sendo montada para ter habilitação para exportar",
conta o presidente ao acrescentar que um dos potenciais importadores da carne
e subprodutos do frigorífico Nutribras é a Rússia.
Este país habilita unidades para exportar a partir de visitas técnicas às
unidades. Já para as vendas a outros países da América Latina há uma lista
geral.
Dos R$ 25 milhões aportados na primeira fase, 60% é oriundo do Fundo
Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). O restante tem origem
em recursos próprios.
Fonte:
Agrolink, acesso em 05/08/2009