O Projeto Tamar em Ubatuba está completando 20 anos de desafios, pesquisas, descobertas e parcerias com os pescadores. E nesse aniversário, o instituto ganhou um presente especial.
Em tanques vivem quatro espécies de tartarugas marinhas, de diferentes tamanhos e idades. Corpo arredondado, cabeça estreita. Nadam de um lado para o outro, em cativeiro, mas em condições adequadas para serem vistas de perto.
Luis Cláudio veio de Atibaia para curtir a folga e, antes de ir à praia, resolveu dar uma passada no local. “É uma boa oportunidade para prestigiar o projeto e estar em contato com os animais”, diz.
No lado, restrito aos funcionários, está o centro de reabilitação do Projeto Tamar. Pioneiro no país, em pesquisas com animais marinhos, que chegam ao projeto com algum tipo de ferimento. “Muito debilitados, muito magros, apáticos, então eles precisam permanecer com a gente um bom tempo para hidratar, fazer antibioticoterapia”, explica o veterinário Max Rondon.
Muitos deles são capturados nas redes de pescadores. “Às vezes ela vem enrolada na rede, a gente acha que ela está morta e com medo do Ibama e não sabe que ela está desmaiada”, conta o pescador José Custódio.
Na temporada em que o Projeto Tamar comemora 20 anos em Ubatuba, os pesquisadores e a natureza ganharam um presente especial: uma tartaruga conhecida popularmente como cabeçuda depositou, em outra praia, 130 ovos.
Eles foram transferidos para um ninho artificial, onde vão ficar em observação. “A gente imagina que esses ninhos vão demorar um pouco mais para nascer. Se continuar o tempo bom, eles podem levar em torno de 60 dias. Se chover, pode ser que demore um pouco mais, até cerca de três meses para nascer”, salientou o coordenador do projeto, Henrique Becker.
O Projeto Tamar fica no bairro Itaguá, em Ubatuba. Na temporada de férias, funciona todos os dias das 10h às 20h.
Fonte: VNews (acessado em 22/12/09)