No próximo dia 13 de janeiro, o governador Paulo Hartung irá receber em reunião especial entidades capixabas de proteção aos animais e representantes da WSPA – Sociedade Mundial de Proteção Animal. O governador vai ouvir-los e decidir se irá ou não tornar efetivo o Projeto de Lei que visa à proibição do uso de animais no Espírito Santo.
O projeto já foi aprovado por unanimidade pelos deputados da Assembléia Legislativa e, se efetivado por Hartung, deverá proibir a entrada de circos que trabalham com animais no território capixaba e tornar o Estado o oitavo a aderir à proibição.
Segundo os defensores da causa, são cruéis os treinamentos impostos aos animais para que estes realizem suas performances nos espetáculos circenses. Denunciam que o animal vive uma vida inteira de maus tratos, que não incluem apenas as formas cruéis de treinamento, mas também a maneira como são mantidos em pequenos espaços, em constante transporte, e se alimentando mal, o que o leva a alto grau de estresse.
Os defensores afirmam ainda que os animais nos circos também expõem as pessoas a riscos. “Não é possível prever como um animal estressado irá reagir em uma determinada situação. Além disso, muitas vezes permanecem em instalações inadequadas e frágeis, expondo os funcionários do circo e a população em geral. Vários acidentes já foram documentados inúmeras vezes pela mídia, como o caso do menino de seis anos que, no ano de 2000, em Pernambuco, foi devorado por leões que não comiam há vários dias e estavam em local inseguro”, informa a associação.
Circos sem animais, dizem eles, valorizam seus artistas, que sozinhos conseguem maravilhar a platéia. Esta é a evolução natural do circo, prestigiando o ser humano. O maior exemplo disso é que diversos países já optaram pela proibição do uso de animais em circos. No Brasil, a proibição existe na Paraíba, em Pernambuco, no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Rio Grande do Sul, em Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. Há propostas em tramitação nos Estados do Ceará, Santa Catarina e Espírito Santo.
Mais informações sobre o projeto podem ser encontradas no site www.amaes.org.br
Fonte: Século Diário (acessado em 12/01/10)