Integrantes do Departamento de Alimentação e Veterinária da União Europeia chegam ao Brasil no dia 2 de março para verificar se o País está cumprindo as exigências de rastreabilidade da carne exportada para a Europa. O grupo percorrerá propriedades, frigoríficos, laboratórios, portos e estruturas de inspeção de animais até 15 de março. Serão checados sistema de rastreamento do gado, controle do trânsito, vacinação, certificação, legislação sobre focos e controle da febre aftosa. A definição do roteiro entre os nove estados exportadores será tomada após 15 de fevereiro. Atualmente, 1.858 fazendas brasileiras estão habilitadas a atender à demanda dos europeus, sendo 112 no Rio Grande do Sul. Conforme o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Inácio Kroetz, a auditoria não tem objetivo de cortar ou incluir propriedades na lista de fazendas, mas de analisar o processo brasileiro como um todo. “Essa missão não auditará nada de novo, mas o que está vigente, a Instrução Normativa 17”, explica ele.
Esta será a última inspeção da União Europeia antes de o Brasil implantar as regras do novo Sisbov – Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos, cuja consulta pública foi encerrada ontem. As sugestões feitas ao texto da instrução normativa serão analisadas pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa e pelo Comitê Técnico Consultivo do Sisbov. As possíveis mudanças dependem da complexidade das sugestões e críticas. A reformulação do sistema, que modifica o padrão de identificação dos animais e amplia o leque de certificadores, ainda não teve parecer oficial dos europeus. Produtores acreditam que as normas serão aceitas, mas certificadoras duvidam da aprovação. Para o chefe da divisão da área de promoção e cadastro da Coordenação de Sistemas de Rastreabilidade do Mapa, Serguei Brener, as novas exigências deverão ser mais claras, o que facilitará a adesão de pecuaristas.
Fonte: Avicultura Industrial (acessado em 20/01/10)