Quem não conhece um pet batizado com nome de gente? Mel, Max, Nina, entre tantos outros, são nomes cada vez mais frequentes em cachorros, gatos e hamsters. Em 2009, uma pesquisa realizada com donos de pets nos Estados Unidos revelou que o nome Bella, o mesmo da protagonista da saga “Crepúsculo”, foi o campeão na lista dos mais utilizados em cadelas, tirando o primeiro lugar de Max, que reinou durante seis anos consecutivos.
Mas por que as pessoas está crescendo o número de pessoas que batizam seus pets com nomes de humanos? Para uns é uma tradição, como usar nomes de esportistas que fazem sucesso no momento. Para outros,é modismo. Mas, segundo especialistas, esse aumento é reflexo da mudança da percepção do papel dos animais de companhia. Antes, eles viviam no campo, depois passaram a ocupar quintais, ganharam casinhas e agora já circulam livremente por todos os cômodos da casa. Alguns são até considerados como membros da família.
Segundo Jane Shaw, veterinária e diretora do Argus Institute, da Universidade do Colorado, referência em estudos de relações entre humanos e animais, cerca de 85% dos proprietários consideram seus pets como parte da família. Para ela, com o crescimento do número de famílias não tradicionais, não é surpresa que pais solteiros ou casais sem filhos tratem seus bichos de estimação como um membro da família. Em entrevista ao site Coloradoan.com, Jane explica que as unidades familiares mudaram muito, refletindo até na hora de escolher o nome para o pet.
Na pesquisa realizada em Larimer, nos Estados Unidos, entre os 20 nomes mais populares, Shadow (sombra) é o único nome que não poderia ser usado para nomear uma pessoa. A lista também é recheada por nomes de deuses gregos (Afrodite, Atenas, Zeus), personagens de filmes e da TV (Xena, Xander, Woody, Tyler Durden, Toonces) e personagens de contos de fadas (Cinderella, Sininho).
Nem a veterinária escapou da estatística. Ela também tem um cachorro com nome e sobrenome: Radcliffe Gordon Shaw. Mas Jane e os funcionários do instituto chamam o animal apenas pelo apelido Cliff.
Judy Calhoun, do Larimer Humane Society, disse que também percebeu a mudança na relação entre seres humanos e bichos de estimação. Para ela, basta testemunhar a aflição de um dono procurando por seu gato ou cachorro perdido e o reencontro entre ambos. O momento é suficiente para dar uma pista da intensidade da relação entre as pessoas e os pets.
Fonte: PetMag (acessado em 02/02/10)