Os resultados da pesquisa sobre o avanço da gripe no Brasil dão mais peso à tese de que os vírus influenza evoluem nas regiões tropicais do planeta e delas partem rumo aos países temperados.
Os vírus “nacionais” são importantes nesse cenário, mas provavelmente perdem dos de outra região tropical: o Sudeste Asiático.
Segundo o pesquisador do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos Wladimir Alonso, é preciso levar em conta a enorme quantidade de pessoas e o contato muito próximo entre humanos e aves na Ásia tropical. Também há o fato de que aves domésticas e porcos são criados lado a lado com frequência nessa região.
A mistura de três ou mais espécies capazes de hospedar os vírus cria condições para que eles saltem de humanos para porcos, de aves para humanos e todas as outras combinações possíveis. Uma cepa que cruza a barreira de espécies é menos conhecida do organismo, tendendo a ser mais agressiva.
Fonte: Folha de São Paulo (acessado em 10/02/10)