Suspensão das vendas de frango temperado pode afetar produtores

Já é quase tradição no setor avícola: com a queda do consumo nos primeiros dois meses do ano, o preço da carne de frango cai. Apenas depois do Carnaval o cenário começa a mudar. A UBA – União Brasileira de Avicultura costuma registrar um aumento de 8% a 10% no consumo e cerca de 5% no preço em março. Além da demanda maior, outro fator que ajuda na recuperação do mercado é a quaresma, período em que, segundo os católicos, a recomendação é evitar o consumo de carne vermelha.

O preço do frango caiu na semana passada, pois o feriado reduziu os abates. Porém, no acumulado de fevereiro até o dia 18, a cotação do frango vivo subiu 4,03% nas granjas do interior paulista, segundo a Jox Consultoria.

“Está existindo um aumento da demanda pela carne do período de quaresma, já que o consumidor prefere a carne branca, e isso está um pouco aliado também com a oferta enxuta”, diz o pesquisador do Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq Matheus Almeida.

Entretanto, há pouco mais de 10 dias, o Ministério da Agricultura divulgou um ofício informando que, a partir de 15 de março, fica proibida a produção de carcaças e cortes temperados de aves, destinados à venda no mercado interno. A decisão também prevê que os estabelecimentos comerciais só podem vender esses produtos até a metade de abril. Isso, segundo o Cepea, pode causar impacto no mercado e, consequentemente, no preço recebido pelo avicultor.

A proibição está ligada ao número crescente de fraudes, como excesso de água, nestes produtos. O pesquisador do Cepea acredita que, para escoar os estoques de frango temperado, muitos supermercados devem baixar os preços e até fazer promoções, o que poderia comprometer o consumo de frango in natura.

Já o presidente da UBA não acredita que a proibição deva afetar o mercado. Ariel Mendes diz que, mesmo com as mudanças, a expectativa continua sendo de recuperação de preços para o mês que vem.

Fonte: Canal Rural (acessado em 26/02/10)

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