Nos filmes e nos desenhos animados, eles são fofos e encantadores. Mas, ao vivo, a história muda. Tornam-se asquerosos, sujos e possíveis transmissores de doenças. Apesar disso, há quem consiga enxergar além da aparência e descobrir no rato um pet companheiro, leal e muito limpinho.
Eles ainda são minoria, mas já aparecem nas pesquisas de animais de estimação, como a Petside.com.poll, realizada em outubro do ano passado pela Associated Press. De acordo com os questionários respondidos, 60% dos norte-americanos têm um bichinho de estimação em casa. Desse total, 74% são cães, 47% gatos, e 3% são roedores como ratos, camundongos, hamsters e gerbos.
Os fãs desses pets são tão fervorosos que até criaram associações, como a American Fancy Rat and Mouse Association, localizada em Riverside, nos Estados Unidos.
Segundo Debbie Ducommun, autora de vários livros sobre roedores e especialista no assunto, em média, um ratinho vive de dois a três anos. Debbie domina tanto o assunto que é conhecida internacionalmente como “The Rat Lady” (algo como a dama rato) e deu consultoria ao filme Ratatouille.
Em entrevista a Associated Press, Debbie diz que na Califórnia é muito comum ter um rato como pet. “Pode parecer estranho criar um rato, mas ferrets, gerbos, porco espinho e outros pets exóticos são proibidos na Califórnia, então os ratos não têm tantas opções para competir”, explica.
Ainda de acordo com a especialista, os ratos são espertos porque são, ao mesmo tempo, presa e predador. Eles também possuem um dos sistemas digestivos mais fortes do mundo, por isso são tão destrutivos e difíceis de serem eliminados.
Uma fêmea pode ter até 20 filhotinhos de uma só vez. Na natureza, o bichinho é mais selvagem e chega a morder, já que precisa se defender e competir com outros ratos para conseguir comida.
Os ratos são muitos sociáveis, assim como seus donos. Pelo menos nos Estados Unidos, as associações costumam organizar vários eventos para encontros, confraternizações e até competições.
Fonte: PetMag (acessado em 23/03/10)