Bolsa de Carnes deve garantir pagamento antecipado pela arroba de boi gordo

Um novo sistema de comercialização de gado bovino, que já está operando no país em caráter experimental, deve trazer mais segurança aos pecuaristas na hora de vender o produto aos frigoríficos. A Bolsa de Carnes do Brasil, um produto criado pela Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), garante o pagamento antecipado da arroba do boi gordo. Apenas mediante a garantia do depósito na conta da BBM, o frigorífico poderá retirar o gado dos currais.

A novidade será apresentada aos criadores de Mato Grosso no dia 6 de abril, no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), pelos diretores da BBM, controlada pela BM&FBovespa. O lançamento oficial será em 12 de abril, na Federação de Agricultura do Estado de Mato Grosso do Sul (Famasul), em Campo Grande, MS.

Para o coordenador do CentroBoi, órgão ligado à Famato, Francisco Assis do Amaral, o novo sistema é a solução para acabar com a inadimplência dos frigoríficos e trará credibilidade para a comercialização.

Pelo sistema, cada operação custará 0,5% sobre o valor total. Não haverá taxa de corretagem. Estima-se um custo entre R$ 5 a R$ 7 por cabeça de gado. Hoje, as corretoras cobram entre R$ 12 e R$ 15.

Mas as vantagens não são apenas para os pecuaristas. Conforme Carlos Eduardo Dupas, vice-presidente da BBM, o novo sistema irá democratizar a oferta de gado, pois o pequeno frigorífico terá a mesma oportunidade e oferta do grande. Além disso, as indústrias poderão planejar os abates, de forma que a estrutura não fique ociosa, trazendo prejuízo diário aos empresários, por conta do custo operacional.

Negócio realmente à vista

O assessor de novos produtos da BBM, Edílson Alcântara, avalia que só com a Bolsa de Carnes o produtor estará fechando um negócio à vista. Hoje, segundo ele, as vendas chamadas “à vista” são realizadas com pagamentos em até sete dias. Mesmo assim, o frigorífico primeiro leva o boi, e depois o produtor recebe.

No novo sistema, com a venda em leilão, o produtor fará a oferta detalhando as características do rebanho – apenas animais entre 15 e 23 arrobas. Ele transformará o gado em arrobas de carne e fixará um preço mínimo.

De outro lado, o frigorífico analisará o rebanho e fará sua oferta. Em caso de negócio, o frigorífico fixará, até as 17h do mesmo dia, a escala de recolhimento e de abate dos animais. Dois dias úteis antes, terá que depositar 90% do valor da operação na conta de liquidação da BBM, que avisará o pecuarista para preparar os animais. Em seguida, o frigorífico emitirá o romaneio de abate, com valor total de arrobas e preço final. O prazo será até o meio-dia do dia útil seguinte.

Depois, a BBM fará o cálculo de liquidação. Se der a menos, a bolsa devolverá a diferença ao frigorífico. Se der a mais, o ajuste será feito entre as partes. Se uma parte romper o contrato, um juiz arbitral da bolsa tentará a conciliação ou resolverá o caso em julgamento. Quem descumprir, paga 10% de multa.

Fonte: Revista Globo Rural (acessado em 25/03/10)

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