Prevenir é sempre melhor que remediar, diz o ditado. No caso da cinomose, doença responsável pelo óbito de 20% dos cães ao ano, a prevenção deve ser redobrada. Além dos donos de cães, quem possui animais como o furão em casa também deve ficar atento.
A cinomose é adquirida por meio de inalação de partículas virais eliminadas pelo hospedeiro, que pode até ser um humano, embora ele não desenvolva a doença. “O vírus da cinomose é muito semelhante ao vírus do sarampo, mas não é capaz de causar a infecção em humanos”, explica a médica veterinária do Hospital Veterinário Sena Madureira, Camila Manoel. Ambientes contaminados e objetos em contato com animais infectados também podem transmitir a doença para outros animais.
Mas nem todos os pets correm o risco de contrair a doença. Os felinos e roedores, por exemplo, estão a salvo. Mas o quê fazer para proteger os cães e furões? “A melhor prevenção consiste na imunização de cães a partir de 45 dias. Com 75 dias e 105 dias, o animal recebe a segunda e terceira dose”, afirma o coordenador de Estágio no Hospital Veterinário da Universidade Metodista de São Paulo, Paulo Salzo. Segundo ele, o animal só poderá sair de casa após as três aplicações iniciais. Quando se torna adulto, o cão ou o furão deve receber o reforço da vacina uma vez por ano.
De acordo com especialistas, a cinomose pode, sim, levar os pets à morte. Ela ataca o sistema neurológico, causando agressividade e desvios de comportamento. Portanto, ficar atento aos sintomas é muito importante. A pesquisa Radar Pet, realizada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), revelou que 75% dos proprietários só levam o animal de estimação ao veterinário quando eles apresentam algum problema.
Camila alerta que a doença pode se manifestar de três formas diferentes: gastrentérica, respiratória e neurológica. “Nesses casos, o animal doente pode apresentar vômito e diarreia brandos, que evoluem para tosse, convulsões, secreção ocular e nasal devido à pneumonia, até convulsões e paralisia de membros”, diz ela.
O tratamento é feito com antibióticos, descongestionantes, protetores de mucosa e anti-inflamatórios. Nos casos mais evoluídos da doença, tratamentos alternativos com acupuntura e fisioterapia têm se mostrado eficientes na recuperação dos bichos. Mesmo assim, a cura total é bastante complicada.
Fonte: PetMag (acessado em 19/04/10)