Rúmen de cabra é matéria-prima para novo etanol brasileiro

O que as cabras têm a ver com o etanol? Até dois anos atrás, nada. Mas, desde que o Projeto Metagenoma entrou em ação, as cabras e a liderança brasileira na produção de biocombustíveis têm tudo a ver.

O Brasil está tentando produzir etanol de segunda geração, ou seja, que não depende diretamente da cana-de-açúcar, e, para isso, está buscando formas alternativas de produção. Os pesquisadores do Projeto Metagenoma descobriram uma opção interessante: os açúcares liberados no rúmen das cabras.

Eles são produzidos pelas enzimas que degradam a parede celular dos caprinos para a nutrição destes animais e servirão como fonte para a nova leva tecnológica de biocombustível brasileiro, que deve ficar pronta dentro de cinco anos.

A líder do projeto, Betânia Quirino, pesquisadora da Embrapa Agroenergia, diz que as cabras foram a solução ideal, porque o processo de liberalização dos açúcares já é feito de forma natural pelos animais.

Ela explica que a ideia era procurar enzimas nos microorganismos que não são cultivados normalmente nos laboratórios, porque eles apresentam uma riqueza muito grande em termos de metabolismo, segundo Betânia. Só que, por eles serem desconhecidos, não se sabe as condições que estes microorganismos precisam para se desenvolver.

O metagenoma significa extrair o material genético, o DNA, dos microorganismos para decodificar enzimas que degradem a parede celular e, a partir disto, produzir o etanol de segunda geração.

A ideia é a gente tentar fazer a descoberta de enzimas para produzir etanol de segunda geração. O etanol de primeira geração é o que é vendido hoje nos postos de gasolina. É o etanol feito a partir da cana-de-açúcar.

O etanol de segunda geração seria feito a partir de material lignocelulósico, que são compostos presentes nas paredes das plantas. As paredes das plantas contêm açúcares, só que de uma forma complexa. A gente precisa liberar estes açúcares para a levedura poder fazer a fermentação e transformar isto em etanol.

Fonte: Jornal do Povo de Três Lagoas (acessado em 27/04/10)

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