Testes revelam que cavalos que tiveram contato com Mocinha não têm mormo

Os sete cavalos que estão isolados em um galpão do Hospital Veterinário de Grandes Animais da Granja do Torto não têm mormo, doença infectocontagiosa que ataca os pulmões e fígado de equinos e pode atingir também os humanos. O resultado dos testes foi divulgado na tarde de ontem. Por causa do contato com a égua Mocinha, diagnosticada com o mal e sacrificada na última terça-feira, os animais estavam isolados. Além deles, outros seis cavalos do Curral Comunitário de Sobradinho, que já estavam liberados, também tiveram os exames negativados.

Mocinha foi diagnosticada com mormo em 22 de dezembro de 2009. No total, 74 cavalos foram examinados. Os sete animais que estavam isolados com a égua pertencem ao hospital veterinário e devem permanecer no local. No entanto, os bichos não precisarão mais ficar isolados.

O diretor de Defesa e Vigilância Sanitária da Secretaria de Agricultura do DF (Seapa), Lucílio Antônio Ribeiro, disse, no entanto, que as investigações do trajeto de Mocinha pelo Distrito Federal ainda não acabaram. De acordo com ele, a secretaria ainda vai fazer um levantamento epidemiológico em todos os currais comunitários da região. Não há prazo para o término do trabalho. “É o que vai nos dizer se o caso foi realmente isolado. Com isso, vamos saber com maior certeza se ainda existem cavalos doentes e qual o nível em que se encontram”, disse.

Segundo Ribeiro, ainda não é possível dizer se Mocinha contraiu a doença no DF ou veio de outro Estado. As regiões que mais registram casos da doença são a Norte e a Nordeste. Para o diretor de Defesa e Vigilância Sanitária, o melhor é dar continuidade aos trabalhos e aguardar os resultados. “A investigação e o levantamento levam tempo. Visitamos todos os locais em que a égua esteve, mas não dá para afirmar nada ainda”, ponderou.

O mormo é causado pela bactéria Burkholdelia mallei, que pode contaminar o homem e outros mamíferos, sendo mais comum em cavalos.

A contaminação ocorre pelo contato com material infectante (pus, secreção nasal, urina ou fezes), que pode penetrar por via digestiva, respiratória, genital ou cutânea, quando existem lesões. Ao cair na circulação sanguínea, a bactéria alcança, principalmente, os pulmões e o fígado.

O modo mais comum de contaminação entre os animais é o compartilhamento de cochos e bebedouros. Os principais sintomas apresentados pelos cavalos infectados são a presença de nódulos nas mucosas nasais, na pele, catarro, febre de 42ºC e pneumonia.

Fonte: Correio Braziliense (acessado em 30/04/10)

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