Uma égua prenha foi atacada na manhã de quarta-feira (30/06) por um cachorro da raça pit bull, na região central de Votorantim, e corre o risco de perder a cria. O cachorro, que não teve seu dono identificado até o fechamento da edição, foi levado pela equipe do setor de Zoonoses da Prefeitura. A égua passa por tratamento e a família do proprietário, que reside no bairro Fornazari, depende do animal para o sustento.
Conforme relato do dono da égua, Eduardo Ferreira do Prado, que trabalha com reciclagem, o animal, chamado Fortaleza, puxava a charrete em que ele e a mulher, Elvira Oliveira Lima, estavam. Pararam próximo de um estabelecimento comercial e, quando perceberam, o cachorro atacava a égua. Para fugir do cão, a égua arrastou a charrete por mais 150 metros.
Trabalhadores que estavam no local ajudaram a separar o cachorro da égua, Uma dessas pessoas foi a funcionária de um pet shop próximo. O proprietário do estabelecimento, o veterinário José Carlos de Melo Ferreira Júnior, disse que desde o início daquela manhã o cachorro tinha sido visto pela vizinhança, mas desconhecia o seu dono.
Tratamento
Fortaleza foi levada pelo veterinário e, segundo ele, receberá todos os cuidados e passará por cirurgia. O tratamento tem custo aproximado de R$ 10 mil. Ferreira Júnior e espera que a Prefeitura possa ressarci-lo, pois a família não tem condições financeiras. “Vou cuidar da égua por vontade minha, não que eu deva nada”, esclareceu, preocupado com as suspeitas de que seria o dono do cachorro. Ele admitiu que a égua corre o risco de perder a cria.
A prefeitura de Votorantim esclarece que não vai pagar pelo tratamento, o que deveria ser feito pelo responsável pelo cão. Segundo a Zoonoses, a partir da hora que o cachorro deu entrada no setor, o dono tem 72 horas para buscá-lo. Caso não compareça, o animal pode ser castrado e colocado para doação. A multa para o proprietário do cão é de R$ 131,22, mais diárias de R$ 10,70. A orientação para quem tem cachorros, principalmente pit bulls, é mantê-los em local de segurança, sempre com coleira.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul (acessado em 01/07/10)