Butantan diz ter recuperado após incêndio entre 15% e 20% das cobras

O curador do acervo de serpentes do Butantan, Francisco Franco, informou nesta quinta-feira (29) que entre 15% e 20% das 77 mil cobras que estavam no prédio que pegou fogo em 15 de maio, em São Paulo, foram recuperadas. A coleção, que tinha mais de cem anos, era considerada uma das mais importantes do mundo.

A informação foi divulgada após um encontro de cientistas sobre segurança em acervos biológicos, promovido durante a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que está sendo realizado esta semana, em Natal.

“Entre 15% e 20%, com alguma margem de falha, do acervo de serpentes foi resguardado”, disse o curador. Segundo Franco, os números são provisórios, já que o instituto ainda não conseguiu fazer o levantamento completo das espécies preservadas por falta de espaço. “Precisamos de uma área grande para trabalhar, para fazer triagem.”

O curador calcula que cerca da metade dos mil exemplares mais importantes – chamados de “espécies-tipo” – foi preservada. Essas serpentes foram as usadas por pesquisadores para descrever espécies novas, e servem de referência para futuros trabalhos sobre esses animais.

“Já temos certeza que 370 foram resgatados, mas ainda há muitos tambores para serem abertos e triados”, informou Franco.

Segundo o curador, a Secretaria de Saúde de São Paulo já abriu edital para a construção de um novo prédio para abrigar a coleção. “Já temos a planta dele, e será um prédio direcionado, próprio para guardar acervos dentro de rígidos critérios de segurança e funcionalidade.”

Para recuperar as informações sobre os animais perdidos após o fogo, Franco tem contatado pesquisadores que fizeram estudos no acervo para pedir fotos e descrições científicas dos animais.

Curto-circuito

O incêndio no acervo do Butantan despertou a preocupação de outros museus científicos sobre suas coleções. Durante a reunião em Natal, curadores concordaram que o ponto fraco desses locais é a rede elétrica, que em geral é velha e não está preparada para funcionar ao lado de milhares de vidros cheios de álcool.

A diretora do Museu Nacional, que fica no Rio de Janeiro, alertou para o fato das pessoas que trabalham nos acervos não estarem treinadas para lidar com incêndios. “Eu mesma não sei usar um extintor”, afirmou.

Fonte: G1 (acessado em 30/07/10)

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