Veterinários e entidades de proteção defendem castração cirúrgica

O controle de natalidade de cães e gatos, que está sendo discutido no Congresso, tem apoio de entidades que defendem os direitos dos animais. O Projeto de Lei 4/05 da Câmara dos Deputados propõe a esterilização dos animais recolhidos pelo serviço de zoonoses por meio de castração cirúrgica. No Senado, o PLC foi alterado para tornar possíveis outros tipos de castração, como a química.

Para a Sociedade União de Proteção dos Animais (Suipa), o método mais indicado para o controle de natalidade dos animais é, de fato, a castração cirúrgica. A presidente da Suipa, Isabel Cristina, compara os dois métodos.

“A melhor forma de esterilização é a cirúrgica, pelo fato de ser o único procedimento indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Além de ser indolor, a recuperação é mais rápida. O método pode ser realizado em fêmeas e machos, a partir dos seis meses de idade, ao contrário da química que só pode ser utilizada em animais machos”, diz.

Isabel afirma que a Suipa é favorável ao texto original do projeto, ou seja, sem a possibilidade de castração química. De acordo com ela, as vantagens do método cirúrgico superam os riscos do método químico.

“A esterilização cirúrgica reduz índices de tumores de mama e de próstata, além de deixar o temperamento do animal mais calmo, sendo altamente indicado para os animais agressivos”, afirma.

Ela explica que a esterilização química é um procedimento em fase de testes. Além disso, argumenta que os felinos não poderiam receber o tratamento e aponta o risco de pessoas sem especialização aplicarem o medicamento nos testículos dos animais.

Na opinião da veterinária Roberta Beeg, a esterilização dos animais de rua trará muitos benefícios para a população porque, se o projeto virar lei, o número deles diminuirá, uma vez que não conseguirão se reproduzir. Ela também defende a cirurgia por ser mais eficaz e ter recuperação mais rápida.

Roberta destaca que, no caso da esterilização química, uma única aplicação aumenta em 90% o risco de câncer de mama nas fêmeas. A veterinária frisa ainda que todo processo de castração deve ser indolor e não causar riscos de morte para o animal.

Fonte: Correio do Estado (acessado em 13/08/10)

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