A doença de casco é uma enfermidade comum no campo, principalmente no gado de leite, onde atinge cerca de 30% das vacas. Devido à queda na produção e aos gastos com tratamentos, o prejuízo chega a US$ 88 por vaca acometida. Por esse motivo, a lesão nos pés ainda é uma das principais causas do descarte de animais.
“O animal fica manco, sente muita dor e evita ir até o cocho ou bebedouro. Como consequência, deixa de se alimentar e a produção cai”, explica o médico veterinário e supervisor técnico de produtos da Ourofino, Ingo Mello.
Locais alagados e currais de manejo com cascalho influenciam no aparecimento da inflamação. “Temos observado um aumento da doença nos pastos quando há falhas no manejo e reforma de pastagens com ramos de capim que ferem os dedos dos animais, predispondo as lesões e infecções”, diz Mello. Mas é no gado confinado que ocorre a maioria dos casos. Pisos de concreto ou abrasivos, molhados e com esterco contribuem para a menor resistência a parasitas e maior susceptibilidade à infecção nos pés.
Outros fatores, como alterações metabólicas e dietas de alta energia colaboram para alterações fisiopatológicas nos dedos e unhas que, associadas ao sistema de criação e manejo, desencadeiam a doença.
Mello alerta também que as pododermatites são as doenças de maior ocorrência e, como geralmente são infectocontagiosas, a transmissão de um animal para o outro é fácil. Por isso, os animais doentes devem ser tratados rapidamente para que a infecção não se dissemine em todo o rebanho. “Os animais acometidos devem ser separados dos animais sadios e afastados dos fatores que desencadearam a doença, como pisos escorregadios, lama, esterco e umidade”, conclui.
O tratamento deve ser rápido, com a higienização, curetagem e casqueamento do local infectado, associado a antibióticos e anti-inflamatórios.
Fonte: Assessoria de Comunicação Ouro Fino Agronegócio (acessado em 24/08/10)