O governo brasileiro desenvolveu parceria estratégica com países vizinhos para combater a febre aftosa na América do Sul. Segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, a medida é vital para intensificar as ações conjuntas. “Para avançar no processo contra a febre aftosa, precisamos trabalhar em conjunto com a Bolívia, Equador e Venezuela e envolver produtores, setor empresarial e governo”, disse ontem, durante a reunião do Conselho Diretor da Federação das Associações Rurais do Mercosul, em Esteio (RS).
De acordo com Francisco Jardim, é importante para o Brasil continuar a parceria na área de defesa, firmada em 1977 com a Bolívia. “Temos ampliado a vigilância na fronteira entre os dois países, intensificado a fiscalização do trânsito animal, inspecionando regularmente as propriedades e realizando o monitoramento soroepidemiológico na área”, ressaltou.
Para controlar o trânsito de animais, produtos e subprodutos na região, foram instaladas 12 bases fixas de fiscalização. Os fiscais contam com quatro barcos, um hidroavião e veículos. A expectativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é implantar mais sete postos fixos nos estados de Mato Grosso e Rondônia até o fim do ano.
Para controlar a febre aftosa, o governo adotou também treinamentos de profissionais brasileiros e bolivianos, contribuindo para a troca de experiências, facilitando o cadastramento das propriedades e a execução das campanhas sanitárias.
A fronteira do Brasil com a Bolívia possui extensão de 3,4 mil quilômetros, sendo 2,6 mil quilômetros de rios e canais, 750 quilômetros de vias convencionais (fronteira seca) e 63 quilômetros de lagoas.
Fonte: Ministério da Agricultura (acessado em 03/09/10)