Os Estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe realizam entre os dias 1º e 30 de novembro a vacinação do rebanho de bois e búfalos contra a febre aftosa.
O coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Controle da Febre Aftosa do Ministério da Agricultura, Plínio Lopes, lembra que a vacinação é essencial para manter o País livre da doença. “A estratégia de campanha adotada pelo Ministério da Agricultura está muito bem articulada e os produtores devem cumprir o calendário e comunicar a vacinação ao serviço veterinário oficial do Estado para que a defesa agropecuária tenha pleno controle das ações”, explica.
No Amapá, como é realizada diretamente pelo serviço veterinário oficial, a vacinação foi antecipada e está prevista para terminar em 3 de dezembro. Em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Tocantins, o pecuarista precisa aplicar a dose desta etapa apenas nos animais que ainda não completaram 24 meses. No total, mais de 151,8 milhões de cabeças serão imunizadas nesses Estados.
O Brasil não registra casos de febre aftosa há quase cinco anos. Atualmente, 14 Estados (Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins) e o Distrito Federal são reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como áreas livres da doença com vacinação. O centro-sul do Pará (46 municípios) e as cidades de Boca do Acre e Guajará, no Amazonas, também compõem esse grupo. O rebanho de Santa Catarina é o único que não precisa mais ser vacinado, por ser reconhecido internacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação.
No Nordeste, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte são considerados de médio risco para a doença, assim como o restante não livre do Estado do Pará. Em outubro, Amazonas e Amapá passaram de risco desconhecido para alto risco de aftosa, juntando-se a Roraima, de acordo com a classificação do Ministério da Agricultura. “Essas mudanças são reflexos dos trabalhos que vêm sendo desenvolvidos nesses Estados, que devem ser intensificados para continuar avançando na classificação”, ressalta Lopes.
O rebanho brasileiro é composto por 203 milhões de bovinos e pouco mais de um milhão de búfalos. Quase 90% desse total está em áreas consideradas livres de febre aftosa com ou sem vacinação. Mato Grosso abriga a maior quantidade de animais (27,2 milhões), seguido por Minas Gerais (22,5 milhões) e Mato Grosso do Sul (21,4 milhões).
Por ser uma área de difícil acesso, os produtores do Pantanal sul-matogrossense aplicam a vacina nos animais apenas em uma das duas fases da campanha. Os que optaram pela segunda, têm 15 dias a mais para concluir a vacinação, até 15 de dezembro. Pelos mesmos motivos, os produtores do Pantanal matogrossense têm também até 15 de dezembro para concluir a vacinação.
A febre aftosa é uma das enfermidades causada por vírus que pode atingir bovinos, búfalos, ovinos, caprinos e suínos, além de veados, cervos e camelos. A doença é altamente contagiosa e causa importantes perdas econômicas, porém não é transmitida ao ser humano. A aftosa pode provocar alta mortalidade em animais jovens devido à miocardite. Os sintomas são febre e vesículas (bolhas) na boca, narinas, focinho, tetas e pés dos animais de casco fendido.
Fonte: Ministério da Agricultura (acessado em 26/10/10)