O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-SP), Dr. Francisco Cavalcante de Almeida, esteve reunido esta manhã com o prefeito de Presidente Prudente, Milton Carlos de Mello, para discutir trabalhos relacionados à prevenção de Leishmaniose Visceral Americana (LVA) realizados pela administração. Durante o encontro, o presidente do CRMV elogiou as medidas tomadas pelas autoridades municipais para o controle da doença.
Segundo Almeida, a prática da eutanásia em animais comprovadamente contaminados pela doença é necessária e não pode contrariada, conforme rege a lei. A explicação já havia sido dada pelo secretário municipal de Saúde, Sérgio Luiz Cordeiro de Andrade, e pelo diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do município, Célio Nereu Soares.
Atualmente existem cerca de 500 médicos veterinários na região de Presidente Prudente. O trabalho desenvolvido pelo CCZ quanto à prevenção da leishmaniose é realizado em parceria com as autoridades municipais. “A leishmaniose é uma zoonose de grande risco à saúde pública, e tem sido uma preocupação de todos os profissionais da área biomédica. Prudente, assim como outros governos, está fazendo o que deve ser feito. As pessoas precisam entender que não existe cura para a doença”, diz o presidente do CRMV-SP.
A partir do momento em que se descobre um animal portador de Leishmania, ele precisa ser eutanasiado. “A eliminação é necessária porque deixar o animal doente em meio a uma população sadia aumenta o risco de propagação da doença. Se isso não for feito, estamos nos omitindo e contribuindo para a multiplicação do vírus”, alerta.
Durante a reunião, que contou com as presenças dos médicos veterinários e docentes da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Haroldo Alberti, Osimar de Carvalho Sanches, e o secretário municipal da pasta, Luiz Carlos Vianna, que solicitou à delegacia regional do CRMV-SP um levantamento sobre como têm operado os estabelecimentos veterinários na cidade.
“Existe uma denúncia por parte do próprio Conselho de que estabelecimentos que fazem tratamento de animais, banho e tosa e vendem, inclusive, medicamentos veterinários não têm um profissional responsável técnico. Pedimos para que o Conselho apresente uma listagem desses estabelecimentos para nós. A partir dessa relação, a Vigilância Sanitária deve fazer uma visita aos locais e fixar um prazo para que se regularizem. Para isso, basta ter um profissional veterinário que dê orientações e acompanhamentos nesses estabelecimentos. Caso contrário, poderão ser multados e até ter o estabelecimento fechado”, explica o secretário.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Presidente Prudente (acessado em 27/10/10)