O Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está realizando pesquisas para desenvolver um novo medicamento contra a malária. O objetivo é combater a doença sem a mesma intensidade de efeitos colaterais causada pelos remédios usados atualmente.
A Fiocruz trabalha com o sal híbrido Mefas, um insumo farmacêutico resultante da combinação das substâncias artesunato e mefloquina. Segundo a instituição, estudos têm mostrado que o Mefas é mais eficaz contra a malária do que outros medicamentos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além disso, segundo a Fiocruz, os testes mostraram que o fármaco causa menos efeitos colaterais, pois o sal híbrido não apresentou toxicidade mesmo quando utilizado em dose cem vezes superior à necessária. Outra vantagem é que o Mefas consegue curar a malária com metade da dose de outros remédios, de acordo com testes feitos em animais.
A meta dos pesquisadores agora é encontrar um parceiro, empresa farmacêutica ou entidade financiadora internacional, que viabilize a realização dos estudos finais para se chegar ao produto registrado. Após essa etapa, o fármaco será disponibilizado à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e a outros países endêmicos.
A malária é uma doença infecciosa causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles. A doença mata três milhões de pessoas por ano.
Fonte: Globo Rural (acessado em 22/11/10)