O Instituto Biológico (IB) realizou no final de novembro a primeira exportação brasileira de antígeno acidificado tamponado (AAT). O Peru comprou 36.640 doses do antígeno, utilizado para diagnóstico de brucelose e tuberculose bovina.
De acordo com o diretor do IB, Antonio Batista Filho, o material foi adquirido pelo Servicio Nacional de Sanidad Agraria com o objetivo de atender o Programa de Controle e Erradicação da Tuberculose e Brucelose Bovina desenvolvido no país.
A brucelose é uma zoonose ocasionada pela bactéria denominada Brucella abortus. Trata-se de uma doença infecto-contagiosa de maior destaque na esfera reprodutiva. Ela é adquirida por meio da ingestão de água, alimentos, por pastos contaminados por abortamentos e por partos de vacas e novilhas brucélicas.
Segundo Batista, os prejuízos resultantes dessa doença para a pecuária bovina são significativos. Economicamente, o avanço da brucelose gera baixas no rebanho, já que os animais infectados precisam ser sacrificados. A doença pode provocar abortamento em até 80% das fêmeas de primeira cria, principalmente no terço final da gestação.
Ao longo dos anos, o IB conquistou a confiança do setor agropecuário, que buscou nos produtos imunobiológicos referência e padrão de qualidade em níveis internacionais. “A recente modernização do Laboratório de Produção de Imunobiológicos foi fundamental para a certificação dos processos e para a expansão do fornecimento desses insumos estratégicos para outros Estados da federação”, afirma Batista.
Essa certificação também foi conquistada pelo Núcleo de Negócios Tecnológicos, unidade encarregada de comercializar os imunobiológicos e outros produtos institucionais.
O IB participa do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) do Ministério da Agricultura por meio do fornecimento de antígenos e realização de testes de diagnósticos e do treinamento de médicos veterinários em conjunto com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA).
Fonte: Agrolink (acessado em 06/12/10)