Para prevenir acidentes com animais aquáticos nas férias do início do ano, período em que aumenta o fluxo de pessoas em regiões litorâneas, rios e lagos, o dermatologista Vidal Haddad Junior, professor da Unesp de Botucatu, produziu o informativo on-line “Animais Marinhos: Prevenção de Acidentes e Primeiros Cuidados”. O trabalho foi feito em parceria com pesquisadores da USP.
O material em formato de folder apresenta detalhes de como o banhista deve se portar caso se depare com um animal marinho, quais tipos de cuidados os mergulhadores devem tomar ao entrar em contato com esses bichos e como deve ser a preparação para fazer uma caminhada em costões rochosos e praias, entre outras situações.
De acordo com Haddad, dos mais de 1.200 acidentes causados por espécies marinhas registradas em Ubatuba, 50% foram causados por ouriços-do-mar, animais recobertos por espinhos. Os demais casos foram provocados por águas-vivas, caravelas e peixes venenosos, como bagres, arraias e peixes-escorpião.
“As pessoas se expõem facilmente a acidentes por falta de conhecimentos sobre os ambientes e animais que lá vivem”, explica o médico. Para ele, o ideal é que haja divulgação e discussão de medidas de prevenção e primeiros socorros antes de falar a respeito dos tratamentos, o contrário do que normalmente é feito pelas campanhas de saúde promovidas no período de verão.
Água doce
Outra cartilha, desenvolvida pelo professor com a ajuda de alunos da Unesp, traz informações sobre acidentes com animais fluviais. Foram observados mais de mil registros nos rios Tietê, Paraná, Paraguai, Araguaia e Negro. Os casos ocorrem principalmente com pescadores por ferroadas de mandis, mordidas de piranhas e dourados.
Outro perigo são as arraias de água doce, que acabam ferroando pessoas que pisam nelas em águas rasas. Essas espécies estão cada vez mais presente nos rios paulistas, o que não era registrado há 20 anos.
Fonte: Portal da Universidade (acessado em 03/01/11)