Ribeirão Preto corre o risco de registrar um surto de raiva a qualquer momento. A cidade não atingiu, no ano passado, a meta de vacinar 80% da população canina contra a raiva e, com isso, existe a chance de que a doença se hospede em animais da cidade. A estimativa é que existam na cidade 80 mil cães. O motivo, segundo a chefe da Divisão de Controle de Zoonoses de Ribeirão Preto, Eliana Colucci, foi a recomendação da Secretaria de Estado da Saúde de suspensão da campanha devido às reações adversas provocadas pela vacina RAI PET, da Biovet.
Até o dia da suspensão da vacinação, haviam sido vacinados 2.522 animais, em campanha na área rural e de rotina, segundo dados da Divisão de Controle de Zoonoses. Segundo a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde e Planejamento de Ribeirão Preto, Maria Luiza da Silveira, a cidade ainda não tem uma previsão do Ministério da Saúde para recebimento de novas vacinas.
De acordo com Maria Luiza, a única providência a ser tomada, no momento, para evitar esse possível surto, é que o Controle de Zoonoses continue fazendo um monitoramento de cães, gatos e morcegos. Esse trabalho consiste em encaminhar amostras para investigação do vírus rábico no Instituto Pasteur em São Paulo.
Solução
A solução para quem quer se prevenir é vacinar os animais em clínicas particulares da cidade. As clínicas da região oferecem vacinas contra a doença e custam, em média, R$ 30. Essa é melhor ação a tomar segundo o veterinário Roberto Campos. Ele recomenda levar o animal imediatamente a um veterinário caso apresente algum sintoma da doença, como agressividade, medo incomum ou choro incessante.
“A raiva é causada por um vírus que se instala e se multiplica primeiro nos nervos periféricos e depois no sistema nervoso central”, explica o profissional. A transmissão dá-se do animal infectado para o sadio pelo contato da saliva por mordidas, lambidas em feridas abertas, mucosas ou arranhões. A doença também pode afetar humanos.
Fonte: DCI (acessado em 07/01/11)