As vacinas autógenas são ótimas ferramentas que os produtores têm para o controle de doenças em suínos. Essas enfermidades causam perdas e prejuízos muitas das vezes incalculáveis. Porém, é necessário seguir uma série de medidas para que a vacina tenha a eficácia desejada.
Segundo médico veterinário e assessor técnico científico do Tecsa Laboratórios, Weston Lemos Wendling, o objetivo básico é trazer boa imunidade ao rebanho e diminuir o gasto com antibióticos e outros produtos, além de diminuir a perda de animais. “A grande vantagem das autógenas, além do preço, é o produto ser específico, pois são usados materiais isolados que não deixam resíduos como os antibióticos, o que possibilita maior proteção dos animais”.
Um dos cuidados que o suinocultor deve ter ao utilizar as vacinas autógenas é em relação à contenção dos animais, para evitar que o animal se mova no momento da aplicação, dando segurança ao aplicador e diminuindo as chances de haver refluxo da vacina. A contenção de porcas deve ser com o cachimbo, e, para leitões, um ajudante ou o próprio aplicador deve segurar o animal em seu colo, próximo à barriga.
O segundo passo é agitar os frascos antes da aplicação, já que alguns componentes da vacina, como as bactérias inativadas ou tecidos macerados, tendem a se depositar na parte do frasco voltada para baixo. Tomada essa medida, o criador deve se atentar para as doses indicadas nas bulas dos medicamentos e, caso queira mudar a dosagem, consultar especialistas no assunto.
Além do ambiente, agulhas, seringas e caixas limpas e organizadas, é importante fazer a higienização com álcool dos locais de aplicação, que deve ser feita via intramuscular, subcutânea ou oral e jamais em regiões nobres, como lombo e pernil. É importante o uso de agulhas menores para leitões e maiores para porcas, já que as fêmeas possuem uma camada espessa de gordura difícil de ser atravessada. O veterinário ainda explica que o suinocultor deve utilizar uma agulha para o frasco e outras para os animais, com o uso de uma agulha para cada cinco suínos.
Outro alerta é para a conservação durante o manejo da vacina, com o transporte e armazenamento em caixas de isopor com gelo, e para o controle dos animais já vacinados. Caso uma granja não faça esse controle, são maiores as chances de deixar de aplicar a vacina ou aplicar duas vezes em um mesmo suíno. Para marcação dos animais, o veterinário indica o bastão marcador.
Fonte: Portal do Agronegócio (acessado em 18/01/11)