Um estudo desenvolvido pelo Instituto de Pesca (IP) vai auxiliar a exploração da pesca do parati (Mugil curema) no Complexo Estuarino-lagunar de Cananéia, Iguape e Paranaguá. O trabalho, desenvolvido pelo pesquisador do IP Jocemar Tomasino Mendonça com a Universidade de São Paulo (USP), utilizou dados de desembarque de pescado no município de Cananéia no período de 1995 a 2009.
Embora abundante na região, a espécie despertou interesse dos pescadores a partir da década de 1980, quando maiores produções passaram a ser registradas. Desde então, o parati tornou-se alvo primeiramente das redes de emalhe e posteriormente dos cercos-fixos. Segundo Mendonça, atualmente o peixe é um dos principais produtos da pesca artesanal estuarina no litoral sul do Estado de São Paulo.
A preocupação com a sustentabilidade dos recursos pesqueiros é a tônica dos gestores da região, já que toda a área está comprometida com a preservação ambiental, realizada pelas unidades de conservação existentes. A região apresenta uma pesca estuarina artesanal com baixa mecanização, e tem como principais produtos estuarinos a ostra, o parati, a tainha e a manjuba.
Segundo o estudo, no Brasil, a pesca artesanal tem maior condição de sustentabilidade, além de apresentar maior facilidade de gestão dos recursos. O pescador artesanal tem mais identificação e comprometimento com a atividade, ao contrário da realidade da pesca industrial. Ele encontra mais problemas na estrutura dos órgãos gestores que no setor pesqueiro.
O artigo completo será publicado na revista Brazilian Journal of Biology.
Fonte: Agência Paulista de Notícias (acessado em 08/02/11)