Cães e gatos também sofrem de hipotireoidismo

Na última segunda-feira (14), o anúncio da aposentadoria do jogador Ronaldo, do Corinthians, contribuiu para alertar a população a respeito de uma doença pouco comentada. O atleta sofre de hipotireoidismo, o que impossibilitou o craque a continuar jogando. O que poucos sabem, no entanto, é que o problema também pode atingir cães e gatos.

A doença é causada pelo desequilíbrio na glândula tireóide, tornando o metabolismo mais lento, causando o aumento de peso entre suas principais reações. Assim como nos humanos, os hormônios também são essenciais para o bom funcionamento do organismo dos animais.

De acordo com o médico veterinário e diretor clínico do Hospital Pet Care, Marcelo Quinzani, os hormônios tireoidianos influenciam o metabolismo em importantes funções do corpo, como a frequência cardíaca, o controle da temperatura corporal e funções mentais.

Os hormônios tiroxina (T4) e triidotironina (T3), são produzidos pela glândula tireóide, localizada no pescoço em ambos os lados da traquéia. O médico explica que a deficiência desses hormônios leva a uma diminuição da taxa metabólica, o que significa uma redução na velocidade em que a células trabalham.

Segundo o veterinário, a redução dos níveis dos hormônios tireoidianos pode ocorrer por uma série de fatores. “Inflamações na glândula, uma falha crônica, como a atrofia, e, em casos raros, tumores”.

Sintomas e diagnóstico

Os principais sintomas do hipotireoidismo são: ganho de peso, intolerância ao frio, sonolência ou apatia e uma variedade de alterações da pele ou pelos. “As alterações cutâneas mais comuns são perda de pelos mudanças na cor e qualidade da pelagem, e predisposição a infecções cutâneas”, explica o veterinário.

“Já os sinais menos comuns incluem alterações reprodutivas e neurológicas”, alerta. O diagnóstico da doença é feito dosando a concentração dos hormônios tireoidianos no sangue. Se as concentrações estiverem baixas, outros testes podem ser realizados para determinar se a diminuição é por problema na tireóide ou por outras doenças ou medicamentos.

“É preciso estar atento a animais que apresentam alterações de peso mesmo quando uma dieta balanceada é mantida. É importante sempre buscar atendimento veterinário em locais que possuam estrutura adequada para solicitar ou oferecer os exames laboratoriais necessários para diagnosticar quadros como o de hipotireoidismo” , explica o veterinário.

Ainda segundo Quinzani, o hipotireoidismo é mais comum em cães de médio e grande porte e muito raro em gatos. As raças predispostas a apresentar o problema são: labrador, golden retriever, dobermann, boxer, cocker spaniel e sheepdog.

O veterinário esclarece ainda que, felizmente, a doença pode ser facilmente tratada com medicação oral e geralmente as alterações provocadas por ela começam a melhorar após as duas primeiras semanas de cuidados. “Na maioria dos casos, o tratamento e acompanhamento do animal que apresenta hipotireoidismo são feitos pela vida toda.”

Fonte: Pet Mag (acessado em 15/02/11)

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