No próximo final de semana, dias 26 de 27 de março, a partir das 9h, será realizada a final do Campeonato Brasileiro de Agility, no Clube de Cãompo, em Itu. O evento reúne profissionais do esporte, amadores, criadores e amantes de animais em geral e é uma ótima oportunidade para conhecer o agility, trocar informações sobre os animais e colocá-los em contato com a natureza.
Baseado em provas hípicas, o agility é praticado por duplas formadas por cães e condutores, que percorrem uma pista composta por diferentes obstáculos. O grande desafio da modalidade é fazer com que o mascote complete o percurso em pouco tempo e com poucos erros. Tudo isso sem o auxílio de uma coleira ou uma guia. “O mais bacana desse esporte é ver que os cães se divertem enquanto estão na pista”, diz o veterinário Aldo Macellaro Júnior.
Os obstáculos aprovados pelos órgãos que regulam o esporte são: saltos, viaduto ou muro, mesa, passarela, gangorra, rampa, slalom, túnel aberto, túnel fechado, pneu e salto em distância. “Os obstáculos não podem em hipótese nenhuma oferecer risco à saúde do animal”, alerta Macellaro Júnior.
Outra regra que torna a modalidade ainda mais encantadora é que o animal não pode ser tocado, nem estar preso por guias e coleiras durante o percurso. “Isso demonstra o entrosamento que existe entre o dono e o animal. Dono e animal encontram prazer em completar cada uma das etapas que compõe a pista”, observa o veterinário.
Benefícios para os animais
Macellaro Júnior conta que para praticar o esporte o animal precisa aprender antes os comandos básicos de obediência, como o senta, fica, pula, e esse fator traz benefícios ao comportamento e ao relacionamento entre o proprietário e o animal. “O animal vai ficar mais atento às ordens do dono tanto durante a pratica do esporte quanto na convivência diária”.
O agility também melhora o condicionamento físico dos bichos, contribuindo para sua saúde e longevidade, reduzindo as chances de sobrepeso e os problemas decorrentes dele. Além disso, a atividade física libera no animal hormônios relacionados ao bem-estar que reduzem os níveis de estresse e ansiedade muito comuns nos cães que passam muitas horas sozinhos.
Restrições
O veterinário explica que o esporte pode ser praticado por animais de todos os portes e raças. “As restrições são para animais que possuem algum problema cardíaco ou articular. Pelo risco da sobrecarga no órgão e membros fragilizados”, explica.
A partir de um ano de vida o cão já está liberado para começar a aprender a prática esportiva. “Antes não é recomendado porque as cartilagens que compõem as articulações ainda estão se desenvolvendo. A ideia é evitar o risco de uma lesão”. Ao contrário do que se pode pensar, mesmo animais já adultos podem aprender a saltar, desviar, se equilibrar e desvendar os túneis que compõem as pistas de agility. “O processo de aprendizagem é feito passo a passo, um comando de cada vez, um obstáculo a cada fase e todos os animais podem aprender”, diz Macellaro Júnior. “Cães idosos requerem um cuidado maior por questões de saúde”.
Uma pista de agility paralela será montada para quem quiser se aventurar no esporte. A entrada para o evento é gratuita e os cães também são bem-vindos. Voluntariamente, os visitantes poderão levar 1 kg de alimentos não perecíveis que serão doados a entidades locais.
Fonte: Plena Mulher (acessado em 25/03/11)