O Brasil pode conseguir a abertura do mercado da China para exportações de carne suína durante a visita que a presidente Dilma Rousseff fará ao país asiático em meados de abril. Se conseguirem o sinal verde para os embarques, os produtores brasileiros esperam alcançar metade das importações chinesas dentro de três anos, o que equivalente a US$ 500 milhões a preços e quantidades atuais.
A China é o maior consumidor de carne suína do mundo, responsável por metade da demanda. Mas quase todo o consumo de 50 milhões de toneladas é suprido pela produção local. Ainda assim, o país deverá importar 480 mil toneladas em 2011, segundo previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que prevê alta de 15% em relação ao ano passado.
Na próxima semana, a missão do Ministério da Agricultura chega a Pequim para tentar concluir a negociação. Já existe o acordo para a venda de carne suína, mas a China ainda não credenciou os frigoríficos que podem exportar ao país, segundo o adido agrícola do Brasil em Pequim, Esequiel Liuson.
No ano passado, o Brasil apresentou uma lista de 26 plantas para serem habilitadas. Os chineses visitaram 13 delas em novembro, mas falta a chancela oficial para que elas iniciem os embarques. O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, prevê que o credenciamento das plantas poderá ser anunciado durante a visita de Dilma. As importações do país asiático são mínimas quando comparadas ao consumo doméstico. Ainda assim, a China foi o quinto maior importador em 2010, com compras um pouco superiores a 400 mil toneladas.
Fonte: Globo Rural (acessado em 01/04/11)