Cotias ganham alimentação adequada em parque de Cubatão (SP)

Os salgadinhos industrializados, com altas doses de sódio e conservantes, foram substituídos por folhas verdes, vagem e milho. Arroz, feijão, pedaços de pão, pipoca e outras sobras também não fazem mais parte do cardápio. Na bandeja, sempre limpa, agora são oferecidos suculentos pedaços de cenoura, mandioca, batata-doce e banana. Uma alimentação saudável e balanceada faz parte do dia-a-dia das mais de 40 cotias que deixaram o Parque Anilinas e ganharam abrigos apropriados, construídos de acordo com as normas do Ibama no Parque Ecológico Cotia-Pará.

“Soltas no Anilinas, elas se alimentavam de restos de lanche e salgadinhos lançados por visitantes. Muitas vezes comiam até lavagem. Agora todo o grupo está muito bem tratado”, afirma o biólogo Guilherme Secchiero, que possui 18 anos de experiência com animais silvestres.

Secchiero recorda que originalmente as cotias não viviam soltas no Anilinas. Havia um recinto fechado na década de 1990. Mas a queda de uma árvore destruiu a proteção e o então grupo de seis ou oito indivíduos passou a circular livremente pelo parque. Com o cruzamento consanguíneo, elas se multiplicaram até as atuais 40.

Com a execução do projeto de reforma do Anilinas, as cotias precisavam ser removidas. A princípio se cogitou a soltura em seu habitat natural, a Mata Atlântica. No entanto, em razão dos cruzamentos consaguíneos, os animais poderiam levar doenças para os indivíduos da mesma espécie que vivem na mata.

“Elas não são mais consideradas selvagens. Viveram por muito tempo em terreno urbano. Além disso, poderiam ser alvos fáceis de caçadores, uma vez que estão acostumadas ao convívio humano. Muitas até seguem as pessoas”, diz Secchiero.

Como conviviam em três grupos distintos no Anilinas, a transferência para o Cotia-Pará respeitou essa divisão para evitar confrontos. Foram construídos três abrigos separados por cercas, além de um muro de alvenaria para protegê-las dos olhares dos visitantes. A área conta ainda com tubulações espalhadas pelo terreno e o mato começa a crescer, favorecendo a ambientação para garantir maior conforto aos animais.

“Quanto mais mato houver, melhor. Uma comissão do Ibama vistoriou e aprovou o recinto. As três divisões evitam a disputa pelo território”, explicou o biólogo. Os abrigos são cobertos por telhas apropriadas, de fibrocimento.

Secchiero conta que as cotias estão no Cotia-Pará há cerca de três meses. Mas o recinto é provisório. Elas devem ser transferidas para algum criadouro ou zoológico. “Aguardamos um parecer do Ibama para a transferência ser feita. Enquanto isso, os animais estão sob a responsabilidade de um grupo de profissionais competentes e qualificados para proteger e cuidar do grupo”.

Fonte: Site da Prefeitura de Cubatão (acessado em 12/04/2011)

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