Amostras de barbatanas de tubarão apreendidas pelo Ibama no Pará passaram por uma análise de DNA na Universidade Estadual Paulista (Unesp) que demonstrou que não há rigor no controle das espécies pescadas. De 152 amostras analisadas, 31% não correspondiam à espécie declarada pela empresa autuada – tubarão-azul, muito comum no litoral brasileiro.
A legislação exige 100% de precisão para não colocar em risco espécies ameaçadas. Pelo menos duas outras espécies foram identificadas neste caso.
As barbatanas de tubarão normalmente são apreendidas sem o resto do peixe, que muitas vezes é descartado ainda no mar por não ser economicamente interessante trazê-lo para terra. Essa prática proibida é conhecida como “finning”.
As amostras analisadas fazem parte de uma apreensão de 3,3 toneladas de barbatanas que estavam em poder de uma empresa que não conseguiu comprovar a venda das carcaças dos animais. O Globo Natureza tentou entrar em contato com a companhia, mas não havia ninguém disponível para comentar.
O destino principal das barbatanas de tubarão capturadas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil é o mercado asiático, segundo o Ibama. Até cem milhões de tubarões são abatidos anualmente no mundo, segundo estimativas do setor.
Fonte: G1 (acessado em 06/07/2011)