Ao contrário do que diz a lenda, não é possível comer o mesmo Big Mac em qualquer lugar do mundo. Pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), órgão da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba, viajaram 26 nações e comprovaram que o lanche mais famoso do mundo tem lá suas particularidades em cada um dos países onde é comercializado.
Para descobrir as peculiaridades do sanduíche e, consequentemente, as características culturais da alimentação mundial, o pesquisador Luiz Antonio Martinelli rastreou a cadeia alimentar do gado de cada região a fim de descobrir onde e como é produzido o principal ingrediente do Big Mac.
“A carne moída para a produção de hambúrgueres é preparada em lotes, abrangendo uma multiplicidade de animais comprada de vários fornecedores. Portanto, os hambúrgueres se mostraram úteis integradores das características da carne disponível em uma área geográfica”, justifica.
Segundo Martinelli, o sabor do hambúrguer em cada país também apresenta diferenças, um resultado das características de alimentação do rebanho, por exemplo. Por conta disso, o pesquisador atribuiu ao sanduíche o termo “glocal”, junção de global com local.
“O famoso lanche do Mc Donald’s tem a capacidade de estar, ao mesmo tempo, atualizado ao sistema mercadológico das empresas globais sem perder a influência cultural imposta pelo mercado local”, diz.
O Mc Donald´s informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que trata-se de um tema complexo e que, após se inteirar da pesquisa, nesta sexta, vai se pronunciar detalhadamente sobre ele. Em um primeiro momento, a empresa afirma que todo o hambúrguer comercializado no Brasil é 100% de carne bovina e a carne é processada na Cidade do Alimento, localizada na Rodovia Anhanguera, próximo ao Pico do Jaraguá.
Fonte: EPTV.com (acessado em 08/07/2011)