Cães e gatos também sofrem de doenças e é preciso atenção aos sintomas

Dor, febre, falta de apetite, tosse, cansaço. Se você acha que esses são sintomas de doenças exclusivas de seres humanos, engano seu. Cães e gatos, os dois animais de estimação mais comuns, também estão suscetíveis às mais variadas enfermidades. Diferente dos humanos, eles não têm para quem reclamar, muito menos dizer exatamente o que está acontecendo. Por isso, é essencial que os donos tenham atenção especial para perceber quando o animal não está bem. Se os hábitos mudaram, pode ser sinal de que alguma coisa pode está errada.

O problema, que não é exclusivo do cuidado com os animais, é dar o famoso “jeitinho brasileiro” e tentar resolver a situação com medicamentos comprados na farmácia ou indicado por amigos. Essa decisão pode ser fatal. Remédios vendidos nas farmácias foram feitos para seres humanos, enquanto medicamentos veterinários têm componentes diferentes. Quem alerta é o médico veterinário especialista em oncologia animal Giovani Fernando Araujo, que há sete anos atua na área.

“Anti-inflamatórios, principalmente o diclofenaco sódico, podem causar danos permanentes aos rins e estômago”, explica. Para ele o importante, além desse cuidado básico, é a prevenção, que deve começar já nos primeiros dias de vida. A vacinação, essencial no início da vida animal, também deve ser realizada anualmente. Além da imunização contra a raiva, o dono deve fazer várias outras vacinas.

Para os cães, são quatro as essenciais: déctupla (conhecida como V10, que protege contra cinomose, parvovirose, leptospirose e hepatite infecciosa, entre outras), antirrábica, contra giardíase e tosse dos canis. Já os gatos devem tomar a quíntupla, conhecida por V5 (contra panleucopenia felina, rinotraqueíte, calicevirose, clamidiose e leucemia felina), a antirrábica e a vacina contra de fungo de pele.

Branquinhos

Outra dica importante é escovar os dentes do pet. Essa é uma técnica imprescindível para o controle de doenças periodontais e aumenta a qualidade de vida do animal. Porém, não adianta correr para o mercado, comprar uma escova e acreditar que o cão ou o gato vai achar a ideia de ter seus dentes escovados diariamente a melhor coisa do mundo. É preciso condicioná-lo desde pequeno. Os que já têm certa idade devem ser levados ao veterinário para limpezas periódicas. Outra dica dada por Giovani é fazer o controle de pulgas, carrapatos e piolhos, principalmente se o animal vive em quintais.

Cuidados

A gerente comercial Fernanda Rodrigues Menegassi é dona de Nina, uma beagle de oito meses. Além de manter todas as vacinas em dia, ela fica atenta ao comportamento da pet. “Ela é muito agitada e brincalhona, e quando fica mais quieta, tentamos identificar o que está acontecendo”, diz.

Já a editora de revista Amanda Dultra, é dona de Tequila, uma maltês de quase três anos. Como já perdeu um cachorrinho, o Yuri, devido a um câncer nos testículos, Amanda é toda atenção para Tequila: dá banhos semanais e cuida muito bem da alimentação, além de agasalhá-la nos dias mais frios. “Nunca a mediquei sozinha. Sempre que percebo alguma mudança no comportamento dela, levo ao veterinário. Não sou a favor de dar remédios de ‘humanos’ para os animais”, conta.

Inflamação nos ouvidos

Causa: fungos, bactérias ou sarna. Sintomas: coceira, inclinação da cabeça e secreção escura com cheiro ruim. O animal também chacoalha a cabeça com frequência. Transmissão: de um animal para outro, por contato. Prevenção: proteja os ouvidos do animal no banho e limpe-os sempre.

Giardíase

Causa: Infecção provocada por um parasita no intestino e no estômago. Sintomas: dor de barriga e fezes moles, às vezes esverdeadas e de cheiro forte. Transmissão: contato com pessoas contaminadas ou ingestão dos parasitas. Prevenção: afaste o pet dos agentes de contágio.

Problemas de pele

Causa: sarnas e alergias. Sintomas: a sarna causa coceira, além de queda de pelos e manchas vermelhas na pele. Já as alergias podem ser causadas por pulgas, pólen, mofo, grama, alimentos ou fumaça. As causas variam e são semelhantes às que atingem os humanos. Transmissão: há dois tipos de sarna: a demodécica, que é genética, e a sarcóptica, transmitida por contato com animais ou humanos contaminados. Prevenção: evite afastando o animal de pessoas ou bichos contaminados e não o estresse.

Tosse dos canis

Causa: vírus. Sintomas: febre, apatia, falta de apetite, tosse seca, ânsia de vômito. Prevenção: É essencial não deixar o cão em locais úmidos ou sujeitos a mudanças bruscas de temperatura, vaciná-lo, além de mantê-lo afastado de animais doentes.

Gastrenterites

Causa: Muito comuns, podem ser transmitidas por vírus, bactérias ou ocorrer depois de uma intoxicação. Sintomas: diarreia com ou sem vômito. Transmissão: vermes ou comida contaminada. Prevenção: em nenhuma hipótese os animais devem ter acesso ao lixo.

Abscessos

Causa: mordidas de gatos. Sintomas: o local apresenta pus, causa dor, inchaço e febre. Prevenção: aconselha-se castrar o animal e impedir seu acesso à rua.

Lipidose hepática

Causa: as reservas de gordura vão para o fígado, sobrecarregando-o. Sintomas: o animal perde o apetite até não comer mais. A urina fica escura, as mucosas amareladas e o pet fica fraco até morrer. Prevenção: manter o animal bem alimentado.

Parvovirose

Causa: vírus. Sintomas: febre, sonolência, falta de apetite, além de vomito, tosse e inchaço nos olhos. Prevenção: evitar contato com animais e objetos contaminados e fazer vacinação específica.

Cinomose

Causa: vírus. Sintomas: febre alta, tosse, dificuldade de respirar, corrimento nasal, vomito e diarreia. O sistema nervoso também é afetado e o animal tem tremores e não consegue andar. Nesse estágio, as chances de salvar a vida do cão são pequenas. Prevenção: vacinação.

Problemas no trato urinário inferior dos felinos

Causa: de origem genética ou alimentar. Sintomas: sangue na urina, dificuldade em urinar, depressão, dor na barriga, vômito e desidratação. Prevenção: consiste em oferecer ração de boa qualidade, não fazer mudanças alimentares bruscas e deixar água fresca à disposição.

Erliquiose canina

Causa: bactéria encontrada em carrapatos. Sintomas: febre, perda de apetite e de peso e fraqueza muscular. Prevenção: mantenha seu animal e o quintal livre de carrapatos para evitar a contaminação.

Fonte: Rede Bom Dia (acessado em 25/07/2011)

Relacionadas

Imagem de freepik
Imagem de mulher sorridente segurando telefone ao lado dos dizeres: Semana do Zootecnista. Inscreva-se.
homem careca de cavanhaque usando jaleco branco e escrevendo em uma pasta, dentro de um curral.
mão colocando envelope rosa dentro de uma urna de votação de papelão.

Mais Lidas

Diagnóstico por imagem é uma das especialidades reconhecidas pelo CFMV
Crédito: Acervo CRMV-SP
Notebook com a tela inicial da Solução Integrada de Gestão do CRMV-SP (SIG CRMV-SP)
Responsável técnico é a figura central que responde ética, legal e tecnicamente pelos atos profissionais da empresa
Crédito: Freepik
Em São Paulo, a primeira instituição destinada ao ensino da Veterinária teve origem no Instituto de Veterinária, nas dependências do Instituto Butantan, no ano de 1919 Crédito da foto: Acervo Histórico/FMVZ-USP

Contato

(11) 5908 4799

Sede CRMV-SP 

Endereço: Rua Apeninos, 1.088 – Paraíso – CEP: 04104-021
Cidade: São Paulo

Newsletter

Todos os direitos reservados ao Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo – CNPJ: 50.052.885/0001-40