Indústria de ração cresce 4,1% no semestre

A produção da indústria de alimentação animal no Brasil registrou incremento de 4,1% em relação ao primeiro semestre do ano passado. O volume produzido alcançou 31,4 milhões de toneladas de janeiro a junho deste ano, contra 30 milhões de igual período de 2010. Os dados são do balanço do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações).

De acordo com o vice-presidente executivo da entidade, Ariovaldo Zani, a mola propulsora do crescimento mais uma vez foi o setor de avicultura industrial, que demandou praticamente metade de toda produção do semestre, apesar de o preço do milho, principal insumo utilizado na alimentação animal, ter valorizado 60% desde junho do ano passado.

A demanda por ração do segmento da avicultura de corte manteve-se vigorosa no semestre. O consumo somou cerca de 15 milhões de toneladas, com crescimento de mais de 6% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período do ano passado. A temida desvalorização do dólar poderia ter inibido a quantidade de carne de frango exportada, no entanto, as remessas até junho somaram quase dois milhões de toneladas, com receita de US$ 4 bilhões.

O consumo de ração para poedeiras apresentou evolução bem moderada e alcançou 2,5 milhões de toneladas no primeiro semestre, frente ao alojamento de 39 milhões de pintainhas de postura. O incremento de 60% no preço do milho para alimentação prejudicou a rentabilidade do produtor, já que o preço médio do ovo registrou variação de apenas 17% no mesmo período de junho de 2010 a junho de 2011.

O setor de alimentação animal para bovinos de corte produziu no primeiro semestre quase 1,3 milhão de toneladas, com aumento de 6,5% em relação ao mesmo período de 2010. A manutenção da arroba em patamar superior a R$ 100 no ano passado capitalizou o produtor que pôde investir em melhoramento genético e nutrição nesses primeiros seis meses de 2010, apesar da queda de mais de 17% no número de cabeças abatidas e das restrições temporárias às exportações de carne bovina para a Rússia.

O crescimento de mais de 8% em relação ao primeiro semestre do ano passado e consumo de 2,6 milhões de toneladas de ração pela bovinocultura leiteira de janeiro a junho de 2011 são resultados da busca por ganho de produtividade, pois, apesar de o rebanho manter-se estabilizado, a produção leiteira brasileira cresce mais de 3% e deve superar 30 bilhões de litros ao final deste ano, apesar da contínua importação de leite em pó e até leite integral. A atividade também não saiu ilesa frente à forte valorização do volumoso ensilado e dos concentrados que levam milho na sua composição.

Apesar do crescimento de 11% na receita das exportações, a quantidade de carne suína exportada no primeiro semestre recuou para 267 mil toneladas, principalmente por causa do embargo russo imposto aos produtores brasileiros. A estabilidade no plantel de matrizes alojadas e de leitões resultou no consumo de 7,6 milhões de toneladas de ração de janeiro a junho de 2011.

A produção de alimentos completos para cães e gatos decresceu 1% no primeiro semestre, quando comparada ao mesmo período do ano passado, registrando 1,1 milhão de toneladas. A elevação desses animais de companhia ao status de membros do núcleo familiar contemporâneo e sua participação na quotização do orçamento doméstico pode ter sofrido da consequente economia dos gastos correntes em razão do endividamento da sociedade por conta do generoso crédito disponível e despesas típicas nos primeiros meses de cada ano.

Fonte: Portal Fator Brasil (acessado em 29/08/2011)

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