A Comissão Sul-Americana para a Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa) realiza reunião extraordinária nos dias 29 e 30 de novembro no Rio de Janeiro. O foco de aftosa no Paraguai será o centro dos debates dos representantes da iniciativa privada e dos governos dos países da América do Sul. “É preciso aprofundar o assunto para identificarmos de onde vem o vírus”, afirma o diretor de Sanidade Animal do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), Sebastião Guedes.
O encontro foi convocado pelo presidente da Cosalfa e diretor de Saúde Animal do Ministério da Agricultura (Mapa), Guilherme Marques. O Brasil ainda não recebeu convite para visitar a área do foco no Paraguai e contribuir com a busca da origem do foco, o que gera apreensão no governo brasileiro.
O País realiza neste mês a segunda etapa de imunização contra aftosa em 19 Estados e também está envolvido em projetos para erradicação da doença nos países vizinhos. Na última semana, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Francisco Jardim, e Marques estiveram na Bolívia para acompanhar a abertura da campanha de imunização contra a doença com representantes de Mato Grosso e Rondônia.
Segundo Guedes, que acompanhou o grupo, o Brasil deve contribuir com apoio técnico e, eventualmente, financeiro. “Eles estão fazendo uma revisão de valores e devem apresentar ao Brasil”, diz.
Na avaliação de Guedes, pela primeira vez o governo e o setor privado boliviano demonstraram entrosamento para negociar ações contra o vírus. Em outras ocasiões, o Brasil já doou vacinas para o país, que registrou seu último caso em 2007.
O Brasil também deve apoiar o combate ao vírus na Venezuela com apoio técnico. Missão esteve naquele país no fim de outubro para participar de reuniões de trabalho com o objetivo de planejar a estratégia de imunização do rebanho local.
Fonte: Portal DBO (acessado em 07/11/2011)