Paleontólogos canadenses encontraram fósseis de um camelo gigante que viveu no extremo norte do Canadá, há cerca de 3,5 milhões de anos, no Plioceno Médio, quando havia na região uma floresta boreal durante um período de aquecimento do planeta. Os 30 fragmentos de uma tíbia achados na ilha de Ellesmere, no território autônomo de Nunavut, representam o registro mais ao norte que se tem dos camelos primitivos, cujos antecessores surgiram na América do Norte, há 45 milhões de anos, afirmaram os especialistas em um estudo dirigido pelo Museu Canadense de Natureza, publicado no site de notícias científicas Nature Communications.
“Este é um descobrimento importante porque representa a primeira evidência de camelos na região do alto Ártico”, afirmou uma das responsáveis pelo estudo, Natalia Rybczynski. Segundo a cientista, o achado também “sugere que a linhagem da qual pertencem os camelos modernos originalmente se adaptou para viver em torno de uma floresta boreal”.
De acordo com os cientistas, a confirmação de que os fósseis eram de um camelo foi um desafio. Para isso, tiveram que recorrer a uma nova técnica denominada “traço de colágeno”, que permite determinar o perfil de colágeno nos ossos.
Os dados anatômicos dos fósseis, junto com a comparação de seu perfil de colágeno com o de 37 mamíferos atuais e com o do camelo gigante de Yukon (noroeste do Canadá) – o antecessor dos camelos modernos – que se encontra no Museu de Natureza Canadense, confirmaram que os fósseis da ilha de Ellesmere pertencem a um camelo.
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Fonte: Ambiente Brasil.