Pesquisadores do Projeto Iauaretê, desenvolvido na floresta amazônica pelo Instituto Mamirauá, colocaram colares com GPS e sistema de comunicação via satélite em cinco onças pintadas para monitorar seus movimentos e conhecer mais dos hábitos destes felinos, segundo o biólogo e coordenador da pesquisa, Emiliano Esterci Ramalho. O estudo visa entender o comportamento das onças em uma região do Amazonas que fica alagada durante parte do ano, na Reserva Ambiental Mamirauá, gerida pelo instituto de mesmo nome, afirma Ramalho. Os pesquisadores querem saber se as onças permanecem na área da reserva no período de cheia do Rio Solimões e como elas sobrevivem.
A hipótese, segundo o pesquisador, é que boa parte dos animais, principalmente as fêmeas, sobreviva às cheias do Rio Solimões subindo em árvores e eventualmente nadando para se locomover. “Os machos sairiam para áreas secas, onde continuariam se alimentando bem, para prosseguir com o comportamento reprodutivo. Já as fêmeas continuariam no local por priorizar o cuidado com os filhotes”, pondera o biólogo.
Os pesquisadores querem confirmar a teoria, já que têm dados de uma fêmea monitorada em 2009, que continuou na região da reserva durante o período de cheia. “A onça que conseguimos monitorar não saiu do Mamirauá, ela sobreviveu aqui o ano todo”, diz Ramalho.
Fonte: Portal G1